18 de maio é a data escolhida internacionalmente para celebrar os lugares que guardam memórias culturais. O Dia dos Museus foi estabelecido pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM), em 1977, com o objetivo de promover os museus enquanto importante meio para o desenvolvimento de compreensão mútua, cooperação e paz entre os povos. Por todo o mundo, contribuem para a preservação da história e registro dos acontecimentos, inventos e transformações na sociedade.
Em Sobradinho, o Museu Histórico do Município, situado no prédio da Casa da Cultura Amário João Lazzari, no centro, conta com 3.782 peças em seu acervo, além de outros objetos que estão sendo catalogados e permanecem na reserva técnica, bem como a extensão junto ao Espaço Vêneto, o qual reúne acervo da imigração italiana e do Gemellaggio entre Sobradinho e Cornedo Vicentino. O Museu foi criado pela Lei Municipal nº 802/79, na administração do prefeito Marci Luiz Nardi, mas entrou em funcionamento de forma efetiva em 1987. No espaço, antes ocupado pela Prefeitura Municipal, encontra-se um vasto acervo histórico, arqueológico, fotográfico e documental.
As peças do acervo foram sendo doadas ao longo dos anos por pessoas ou entidades da comunidade, as quais até hoje continuam enviando alguns artefatos para serem expostos. Este movimento teve início com o Conselho Municipal de Cultura, à época presidido pelo jornalista Valacir Cremonese (in memoriam), que promoveu uma intensa campanha para a coleta de material histórico no ano de 1987, por ocasião dos 60 anos de emancipação de Sobradinho e inauguração da Casa da Cultura.
Publicidade
Conforme a diretora de Cultura e Turismo, Ingrid Hermes, o espaço hoje está ocupado em sua totalidade, havendo muitas peças guardadas. Ela solicita às pessoas que possuem objetos para doação, que guardem bem armazenados, para que, havendo futuramente a ampliação do espaço, possam recebê-los para exposição ou mesmo exposições itinerantes. “Muitas escolas, turistas e a população regional vem nos visitar. Eles saem daqui encantados”, ressalta Ingrid.
LEIA TAMBÉM: Brasil e Uruguai unem-se pelo escotismo
Em 2014 o Museu Municipal passou por projeto de modernização, sob coordenação da diretora de Cultura na época, Clause Koch Nardi, execução do museólogo Gustavo Steiernagel e tendo como auxiliar de execução o estagiário de História, Luan Ery da Rosa (in memoriam). Neste período foi realizada a catalogação de todo o acervo, guiado por parâmetros técnicos.
Publicidade
O Museu reúne artefatos e registros das diferentes etnias que desbravaram esta região e ajudaram a escrever a história e o desenvolvimento local, sendo fonte de pesquisas e uma atração turística municipal. Guarda a riqueza do patrimônio cultural dos diferentes povos que por aqui passaram e se fixaram, deixando marcas para as gerações seguintes. Está cadastrado junto ao Sistema Estadual de Museus (SEM/RS), vinculado à Secretaria de Estado da Cultura.
A funcionária do museu, Gabriele Helmann, está atualizando os marcadores que identificam os objetos. Ela recebe os visitantes diariamente, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13h às 17h. Também é possível agendar visitações em grupo. A entrada no museu é gratuita.
LEIA MAIS: Rota dos Casarões retoma passeios com história e cantoria
Publicidade
A sede do Fogolar Friulano e Centro de Cultura Italiana de Sobradinho, no centro da cidade, abriga o Museu do Imigrante com objetos dos primeiros colonizadores da região, que foram doados por pessoas da comunidade como forma de preservar a memória dos antepassados. São mais de 300 itens catalogados que ajudam a reconstruir a memória da nossa terra, muitos itens trazidos pelos próprios imigrantes. A entidade também possui acervo fotográfico com diversas imagens históricas de famílias, além de cartas dos primeiros imigrantes que chegaram na antiga Colônia Santo Ângelo, que ajudam a recriar a vida dos nossos antepassados. O museu conta ainda com a relação das mais de 300 famílias friulanas que chegaram no Rio Grande do Sul, além de um mural com a história das famílias italianas que chegaram na região de Cortado, Pomasserra e nos “Alinhamentos de Cima da Serra”. Visitação pode ser feita com agendamento.
LEIA MAIS: Vale do Rio Pardo deve receber investimento de R$ 3,6 milhões no turismo; conheça projetos
O Museu da Tia Helena integra a Rota dos Casarões, na localidade de Campestre, desde a instauração do trajeto turístico. Ele é o antigo Casarão Francisco Puntel, que recebeu este nome por ter sido feito por Puntel e seus filhos. Datado de 1915, as tábuas utilizadas na construção foram retiradas do mato e cerradas à mão. O Museu guarda artefatos e objetos pertencentes aos imigrantes e descendentes de italianos. O nome é uma homenagem a Helena Augusta Puntel, falecida aos 89 anos em 2016, guardiã de memórias e responsável por contá-las aos visitantes da Rota. Está atualmente sob os cuidados de Cecília Puntel e o irmão Valdir Tarcisio Puntel. Visitação pré-agendada.
Publicidade
LEIA MAIS NOTÍCIAS DE CENTRO SERRA
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!
Publicidade
This website uses cookies.