Foi com a apresentação do coral dos pequenos alunos do Colégio Mauá que a nova exposição do museu da instituição, Música: bálsamo para as almas, foi lançada na tarde de ontem, em Santa Cruz do Sul. Após meses fechado para receber melhorias, o acervo foi reaberto ao som das delicadas e ao mesmo tempo imponentes vozes dos pequenos, aliadas às notas musicais de violão, flauta, acordeon e outros instrumentos dos grupos musicais da escola. A intenção com tanta musicalidade foi justamente dar a deixa para o que os visitantes poderão encontrar a partir de agora no espaço. 

Conforme o diretor do educandário, Nestor Raschen, a escolha por abordar o tema na mostra que antecede o cinquentenário do museu – comemorado em setembro de 2016 – tem por objetivo retratar a história dos vários conjuntos, corais e escolas de músicas que se formaram no município ao longo das décadas. “A música na região existe desde a vinda dos primeiros imigrantes alemães, em 1849. Esse é um dos aspectos mais importantes: resgatar a história musical da nossa cidade”, avaliou. 

Frutos de doação, as peças distribuídas pelo acervo vão de instrumentos musicais, como uma cítara, acordeon e elementos de som indígenas, até o disco bolachão que relembra os tempos do vinil. Expõe imagens da Banda Marcial do Colégio Mauá e conjuntos como Sete Brasas, Cassino, além de equipamentos como vitrolas e gramofones. O livro com o registro da primeira escola de música de Santa Cruz do Sul também pode ser conferido. “É difícil retratar tudo o que já passou por aqui, mas se a história significa viver um pouco do que já fez até agora, queremos estimular a continuidade desse processo”, complementou a diretora do Museu, Maria Luiza Rauber Schuster. 

A exposição permanecerá no local até o dia 23 de dezembro de 2015. O museu fica aberto ao público de terça a sexta-feira, das 14 horas às 17 horas. O ingresso custa R$ 3,00 para o público em geral e R$ 1,50 para estudantes  e aposentados. Agendamento de grupos podem ser feitos através do telefone (51) 3715 0496 (ramal 20) ou no próprio espaço, localizado rua Marechal Floriano, 274.

Caixa de música tem 115 anos

Dentre as atrações da exposição, um dos destaques é a caixa de música centenária. Grande inovação do início do século 20, em 1900, o equipamento é a menina dos olhos do museu. “Essa caixa foi comprada por uma família e posteriormente doada para o museu ainda na década de 70. Hoje é a nossa peça mais emblemática e que, igualmente, tem significado importante por ainda estar funcionando”, comenta o diretor Nestor Raschen. Restaurado e em bom estado, o equipamento foi colocado para funcionar durante a apresentação da mostra e emocionou quem estava presente. “As pessoas nos deixaram um legado muito importante. É preciso valorizar essa memória”, finalizou o diretor.