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BRINCAR É COISA SÉRIA

FOTOS: Museu do Colégio Mauá reabre com exposição de brinquedos

Foto: Alencar da Rosa

Exposição marca a reabertura do museu

A década é de 1950. Nos Estados Unidos, Martin Luther King Jr. é um dos líderes do movimento pelos direitos civis e contra a discriminação racial. O mundo via a necessidade de mudar, de integrar, de reconhecer a diversidade humana. Uma menina da região tinha, entre seus brinquedos, a demonstração da ideia que deveria ser copiada no restante do planeta. Em um pequeno berço, nas mesmas condições, do mesmo tamanho e como se fossem irmãs, duas bonecas de celuloide: uma branca e outra negra.

O exemplar lúdico de que uma humanidade em condições de igualdade é possível, é apenas um dos tantos exemplares que integram a exposição Brincar é Coisa Séria. A iniciativa marca a reabertura do Museu do Colégio Mauá e serve para momentos nostálgicos de pais e avós, além de possibilitar às crianças e aos jovens conhecerem como era a diversão no passado.

A boneca negra, da década de 50, tem uma história importante, segundo a diretora Maria Luiza Schuster: “A menina que me doou, hoje uma senhora, me disse que para ela era uma grande alegria ter uma boneca diferente do que todas as outras meninas tinham. Numa colônia alemã, ter uma boneca negra nos anos 1950 não era comum.”

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Entre seus brinquedos, como se fossem irmãs, duas bonecas de celuloide: uma branca e outra negra | Foto: Alencar da Rosa

No espaço, que abre ao público de terça a sexta-feira, das 14 horas às 17 horas, podem ser encontrados alguns modelos que ficaram muito conhecidos, como o autorama e os primeiros videogames. Traz, também, exemplos de que os pais reconheciam a importância do brinquedo na vida dos pequenos. Muitos, conta a diretora da casa, foram feitos a mão. É o caso da réplica de uma morada, de 1938, feita pelo pai Gustavo Stenzel e Alberto Dick para a menina Cornélia Stenzel Schneider. O exemplar já foi destaque da Gazeta do Sul, na edição do Natal do ano 2000.

Carros, aviões, jogos e bonecas, que fizeram a cabeça da garotada – e ainda podem ser encontrados em versões modernizadas – estão no Museu. Tem a Barbie original, na caixa, vinda do Japão. Suas sucessoras fazem alusão a personagens da vida real: Sophia Loren e Marilyn Monroe. “Temos uma sala especial para a visitação, para mostrar que brincar constrói o simbólico, constitui o ser humano”, destaca o diretor do Mauá, Nestor Raschen, que reforça a importância das famílias mostrarem como era a realidade de outros tempos.

Maria Luiza Schuster ainda destacou a importância da temática da exposição: “Os brinquedos revelam o brincar, o mundo da fantasia, da imaginação, que tem grande importância na formação de um ser humano melhor”. O Museu do Colégio Mauá está localizado na Rua Marechal Floriano, 274. Grupos devem agendar horário pelo telefone (51) 3715.0496. Os ingressos custam R$ 4,00 para o público em geral; estudantes e aposentados pagam R$ 2,00.

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