Aproximadamente 20h30, 3 de julho de 2014, Ibarama. O dia, a hora e o ano jamais serão esquecidos pelos moradores do município e também da região Centro-Serra. Foram poucos minutos, mas a destruição causada por um tornado que atingiu a cidade foi assustadora. Restam, agora, detalhes como a construção de calçamentos e cordões, além de alguns focos de goteira na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei). Nada que não possa ser resolvido. A natureza deixou um rastro de estragos nas construções dos homens; Mais do que isso. Abalou grande parte dos moradores psicologicamente a ponto de: “Quando uma nuvem passa pelo céu já ficamos receosos”, disse um dos donos do Posto São Bernardo Luan Puntel. A estrutura do local foi retorcida como se fosse uma latinha de Coca-Cola, tamanha foi a intensidade dos ventos que ultrapassaram os 150 km/h. 

Hoje, um ano depois, conforme Puntel, toda a estrutura do Posto de Combustíveis foi reerguida e melhorada. A borracharia ao lado do posto, que antes era de madeira, deu lugar a uma estrutura de alvenaria, mais resistente. “Investimos aproximadamente R$ 200 mil para reconstruir oi que havíamos perdido”, comenta. Os proprietários levaram quase 8 meses para realizar todos os reparos.  

Dentre as estruturas mais prejudicadas figuram a Marcenaria Lazzaroto, o Posto São Bernardo, a Escola Estadual Catarina Bridi, a Igreja São Paulo Apóstolo, entre outras. Estima-se que 60% das casas da cidade tenham sido atingidas com o tornado, algumas em maiores e outras e menores proporções. Impossível, portanto, calcular o gasto total com o desastre.  Árvores centenárias tombaram e deixaram, à época, a avenida principal intransitável. 

A Igreja São Paulo Apóstolo, cujo telhado foi destruído,  foi recuperada bastante rápido. A Escola Catarina Bridi, que recebeu uma enorme reforma, só voltou a receber os alunos cerca de 11 meses depois do temporal, tendo usado as estruturas do Salão Paroquial para dar andamento ao Ano Letivo. 

 

“Trauma e esperança”

A prefeita de Ibarama Lenise Lourdes Lazzarotto Mariani explica que todas as estruturas atingidas foram recuperadas, tanto por moradores quanto pela própria Administração Municipal. “Ainda não deu tempo de fazer alguns cordões e consertos em calçamentos. O resto está pronto. Acredito que nos recuperamos bem, pois a prefeitura tinha recursos para compra de telhas de amianto e outros materiais”, diz. Lenise estima que a cidade tenha gasto, dos cofres públicos, mais de R$ 200 mil para recuperar a infraestrutura urbana.

 

 

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