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Município de Mato Leitão começa a racionar água

Em Mato Leitão, o decreto municipal que determina racionamento de água em função da estiagem está em vigor desde essa quarta-feira, 12. O documento foi assinado pelo prefeito Carlos Alberto Bohn, diante das poucas perspectivas de ocorrências regulares de chuva nos próximos dias.

A Prefeitura de Mato Leitão já havia decretado situação de emergência no dia 30 de dezembro, após a confirmação de prejuízos sociais e econômicos pela frustração na produção agrícola. Agora o problema se agrava na questão do abastecimento de água, tanto das pessoas como de animais nas propriedades.

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Associações hídricas já emitiram alertas quanto ao uso racional e consciente da água potável. As diretorias podem aplicar penalidades de advertência ou multa de acordo com as normas de cada entidade. O valor da infração fica limitado em R$ 265,00 para aqueles que descumprirem as normas do decreto. Em caso de reincidência, o valor pode ser aumentado em 100%.

O decreto municipal autoriza utilização de água de mananciais hídricos para atendimento de animais em propriedades. Está proibida a utilização de água da rede pública, mananciais hídricos e de poços artesianos para lavagem de veículos de qualquer espécie, exceto para higienização daqueles que são usados nos serviços de saúde, transporte de passageiros e para cumprimento de protocolos sanitários. Também ficam vedadas a irrigação de gramados, hortas, jardins e floreiras; reposição parcial ou total de água de piscinas de entidades, associações ou residências e lavagem de calçadas e telhados de prédios comerciais, industriais ou residenciais.

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O secretário da Agricultura e Meio Ambiente, João Carlos Machry, lamenta a grave situação. “Os açudes é que estão salvando as propriedades. Córregos e arroios estão simplesmente secando. A lavoura já foi e agora só chovendo regularmente.” Na manhã de quarta-feira, 12, Machry acompanhou o trabalho de máquinas da Prefeitura numa propriedade de Arroio Bonito. A família de Renato Guindani pediu auxílio para limpar um reservatório. “Está secando tudo. Não sei como vai ser com a água para os animais”, disse.

Ao lado da esposa e dois filhos menores, Guindani tira o sustento com vacas de leite e corte, cerca de 50 animais. Um pequeno açude está praticamente seco, e o pouco de água que resta é de péssima qualidade. Além de auxiliar com serviços de retroescavadeira para limpeza do reservatório, a Prefeitura irá transportar água com um trator/tanque (5 mil litros), o que garantirá o abastecimento para o gado por alguns dias. Essa água está sendo retirada de outros açudes da localidade.

O transporte para animais chega a superar 30 mil litros em certos dias. Já foram atendidas propriedades em Arroio Bonito, São João, Sampaio Baixo, Sampaio e Duque de Caxias. “Recebemos pedidos por serviços a todo instante. Está começando a faltar água para os animais e não temos muitas opções de onde tirar.” O setor primário acumula prejuízos acima de R$ 15 milhões.

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