Os ciclos de mudança são constantes e o equilíbrio é apenas um ponto de descanso entre um tormento e outro. É no desequilíbrio que construímos, não descansando em um mundo dinâmico e ativamente mutante como o nosso.

Do oito vamos para o oitenta, como mostra a história, para depois retornar ao centro, e ficar o mais próximo dele possível, porque os sistemas sociais não aguentam extremos por longos períodos.

Da omissão passamos para o ativismo constante, da negligência à cobrança, do verbo solto à prudência e, na marra, estamos aprendendo a pensar antes de agir ou falar sobre alguma coisa.

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Mundo chato? Não acho. Chata é uma sociedade caótica, sem freios, sem regra, sem empatia. Compramos a ideia de que ser livre era cuidar do nosso mundo individual e que nele temos o direito de falar e fazer o que quisermos. Podemos mesmo, mas devemos? Cada um de nós faz parte do todo. Tudo nos afeta e por tudo seremos cobrados. Nosso direito acaba quando afetamos outras pessoas em nossas ações. Queremos direitos e não honramos deveres. Queremos ser compreendidos e não temos compaixão o suficiente para ouvir quem pensa diferente de nós. Chegou o momento de aprendermos a pensar mais no coletivo do que em nossas necessidades pessoais.

Na política, extremos se provaram nocivos, e as eleições deste ano mostraram uma tendência de que voltaremos para mais próximo do centro nos próximos anos. O ativismo social veio para ficar e vai intensificar a cobrança pela diversidade e pela inclusão. Não somos iguais, mas temos que garantir direitos iguais a todas as pessoas. O preconceito e o separatismo são inaceitáveis, qualquer um deles.

Muitos estranham ou debocham deste novo movimento do mundo, porque pouco abrem a janela de suas vidas para entender o que está acontecendo. Chegamos em um momento crítico, onde mudar será menos doloroso do que manter o que existe. A mudança começa pela abertura do olhar para as novas formas de coexistir e abraçá-las, gostando ou não. Quanto mais resistimos, mais atrasados ficamos.

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A sociedade está engajada na mudança do mundo e na restauração do planeta. Negócios em formatos tradicionais estão em sobrevida e o mundo digital virou uma bagunça. Hora de voltar, reequilibrar, olhar para mais longe e retomar o caminho de forma mais organizada e segura.

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