Pelo menos 30 pessoas morreram nesta segunda-feira, 28, na cidade nigeriana de Madagali, no estado de Adamawa, em um duplo atentado cometido por duas mulheres-bomba em um mercado local, segundo informações de voluntários civis que apoiam o Exército na luta contra o grupo terrorista Boko Haram.
O mercado em que as duas mulheres, que levavam os explosivos presos aos corpos, cometeram o atentado fica próximo de uma rodoviária e é muito frequentado. Embora o Exército tenha confirmado a ocorrência, ainda não há confirmação sobre o número exato de mortos.
O ataque ocorreu após pelo menos 35 pessoas terem sido assassinadas entre ontem, 27, e hoje, 28, em vários atentados na cidade de Maiduguri, capital do estado de Borno, e localizada, tal como Madagali, no Nordeste do país, região de população muçulmana e epicentro da atividade do Boko Haram.
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Em agosto do ano passado, a presença do Boko Haram – que pretende estabelecer um Estado Islâmico independente no país mais populoso da África – em Madagali provocou um êxodo de residentes para Yola, capital do estado.
O governo nigeriano informou há dias sobre os avanços na luta contra o grupo fundamentalista islâmico, afirmando que destruiu boa parte da sua capacidade militar e recuperou territórios importantes que haviam sido tomados pelos terroristas.
O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, que determinara o dia 31 de dezembro como prazo para exterminar o Boko Haram, declarou que o governo havia “tecnicamente” derrotado o grupo, mas os recentes atentados mostram que os militantes continuam capazes de causar uma carnificina em massa.
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Segundo autoridades nigerianas, o grupo, que tem atacado objetivos considerados fáceis (mercados, rodoviárias e locais de grande concentração de civis), matou cerca de 12 mil pessoas nos últimos cinco anos, 3 mil só em 2014.
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