O delegado regional Luciano Menezes conversou com a atual companheira de Belchior enquanto aguardavam a chegada da funerária. À polícia, Edna teria dito que o artista não sofria de problemas de saúde e, por já ter cursado medicina, era cuidadoso e levava uma vida saudável, fazendo caminhadas pela manhã. Nem mesmo remédios possuía na residência, segundo a mulher.
Menezes afirmou que a causa foi natural e que nenhum indício de violência foi verificado. O corpo foi levado para o Instituto Médico legal (IML) de Cachoeira do Sul. “Vamos requisitar todos os exames possíveis para sabermos o motivo da morte. Mas é um fato lamentável pela figura que era e intrigante na medida em que já residia aqui e ninguém tinha ideia disso”, comentou.
A mulher de Belchior revelou ainda ao delegado que teriam vindo a Santa Cruz para que pudessem ficar mais reclusos e o cantor trabalhar em um novo projeto. Ele estaria compondo algumas canções e pretendia lançar elas em breve. Conforme Menezes, Belchior não costumava frequentar locais públicos a fim de manter a vida mais reservada.
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Plantonista da Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), a delegada Raquel Schneider também acompanhou o processo de remoção do corpo. À ela, Edna relatou que a última vez que viu o companheiro com vida foi por volta das 23 horas desse sábado. Como Belchior havia comentado estar com muito frio, a mulher o cobriu em um sofá, onde estava deitado.
Em torno da 1 hora de domingo, ela acordou para verificar como o cantor estava. Ele não teria respondido-a, mas Edna não desconfiou da morte pensando que estava apenas dormindo. Já pelas 5 horas, a mulher retornou onde o compositor estava e estranhou a falta de resposta. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local e constatou o falecimento.
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