Uma mulher de 27 anos sofreu uma tentativa de estupro na noite dessa sexta-feira, 11, no Bairro Ramiz Galvão, em Rio Pardo. Pouco antes das 22 horas, a vítima seguia a pé para casa, após ter buscado um remédio na casa da mãe, e estava falando ao celular com uma amiga, quando foi atacada por um homem.
Ainda no Hospital Regional do Vale do Rio Pardo tratando os ferimentos, ela falou com o Portal Gaz. “Eu não vi que ele estava atrás de mim. Acredito que estava me seguindo. Olhei para trás, vi que era uma pessoa que eu não conhecia, e dei um passo ao lado para deixar passar. Quando fiz isso, ele me pegou pelo pescoço e me empurrou para a estação, me jogando contra a parede”, afirmou a mulher, que ficou com diversas lesões nas costas, braços, pernas, nádegas e pescoço.
Nos trilhos da Estação Férrea de Ramiz Galvão, o agressor teria tentado tirar a roupa da vítima, que se debatia e tentava impedir a ação. Segundo ela, o rapaz aparentava estar sob efeito de drogas ou álcool. “Acabou me levando para o mato, onde ocorreu mais briga corporal, comigo tentando conter as investidas dele, que tentava consumar o ato. Acabamos caindo em um buraco, onde machuquei minhas costelas e senti falta de ar. Depois, me pegou pelos cabelos, me fez ficar sentada e mandou calar a boca, pra ninguém me ouvir, pois os cachorros já estavam latindo.”
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“Foram momentos de terror”, afirma a vítima
Diante da confusão, a mulher acabou perdendo os calçados e o celular. “Falei ‘por favor, me solta. Eu te dou dinheiro, só não me mata’. Nunca passei por essa situação, em que achava que iria morrer e implorava pela minha vida. Na minha cabeça, eu só via minha família e minhas duas filhas. Foram momentos de terror.”
A suspeita do sequestro ocorreu no momento em que a mulher foi raptada pelo agressor. Ela estava falando ao telefone com uma amiga. Ao ser pega, o aparelho caiu ao chão, mas ficou com a linha ativa. A amiga da vítima ouviu seus primeiros gritos de socorro e avisou a mãe dela.
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“Minha mãe e meu pai estavam próximos e já tinham acionado a Brigada Militar. O bandido tentou se esconder e dizia para eu calar a boca e não gritar. O sentimento é de muita tristeza, agonia, desespero.” Mais de 40 minutos após ser raptada pelo criminoso, um momento considerado de sorte pela vítima a salvou.
“Chegando em uma rua, eu dei sorte, pois era próximo da casa da minha mãe, fato que ele não sabia. Quando ele me mandou ir para os trilhos do trem, eu empurrei ele e saí gritando pela minha mãe e toda vizinhança ouviu, aí ele saiu correndo”, disse a mulher do hospital, onde realiza exames que irão atestar a gravidade das lesões provocadas pelo criminoso em seu corpo.
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Brigada Militar já identificou o agressor
Após ser acionada, por volta das 22h30, a Brigada Militar foi até o local do fato, encontrou os itens da vítima que estavam perdidos e fez buscas ao criminoso. Informações de testemunhas relataram que o mesmo saiu correndo passando pelo pátio de diversas casas do bairro.
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“Realizamos buscas até por volta das 3 horas, mas não o encontramos”, comentou o subcomandante do 2° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Rio Pardo, capitão Renan Todendi Dutra. Ainda de acordo com a BM, vizinhos teriam visto parte do fato, mas em virtude da escuridão, chegaram a pensar que os dois estariam namorando, pois a vítima estava dominada pelo pescoço, sem poder gritar.
“Somente quando a vítima conseguiu empurrar o homem, perceberam que ela estava sendo atacada, daí foram atrás, mas ele fugiu por um mato próximo. Essas pessoas que estavam na rua ajudaram a polícia a fazer o reconhecimento do autor”, complementou o capitão da BM.
O autor do fato foi identificado pela Brigada Militar. Ele tem 24 anos e já foi preso em flagrante em janeiro de 2018 por assalto a um taxista, também em Ramiz Galvão. “Temos identificado já o autor e estamos buscando ele”, complementou Dutra. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil e na próxima segunda-feira a vítima fará um exame de corpo de delito.
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