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AÇÃO DA BRIGADA MILITAR

Mulher que sofreu violência doméstica durante 35 anos é resgatada em Santa Cruz

Foto: Divulgação/Brigada Militar

Mais um caso de violência doméstica chocou as autoridades policiais na noite dessa terça-feira, 20, em Linha Arroio do Tigre, no interior de Santa Cruz do Sul. Após uma denúncia do filho, uma mulher de 52 anos foi resgatada da casa onde residia com o marido e relatou que há 35 anos sofria ameaças e agressões. A ação foi comandada pela Brigada Militar de Venâncio Aires.

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Segundo o depoimento da vítima à Brigada Militar, o homem ameaçava matá-la envenenada ou esfaqueada e ainda fazia com que ela realizasse trabalhos pesados na lavoura para o companheiro e vizinhos. Além disso, o marido a obrigava, por vezes, a manter relações sexuais e não a deixava sair de casa sem autorização.

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“Ele cortava os cabelos dela para que ela não fosse ao salão e falasse com alguém. Para que ela pudesse arrumar os dentes, teve que percorrer duas horas e meia a pé para ir e voltar, pois ele se negava a levá-la de moto. Moto essa comprada com a herança dela, de uma vaca que ela vendeu, mas foi obrigada a dar o dinheiro para ele”, contou a capitã da BM de Venâncio Aires, Michele Vargas.

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O caso veio à tona a partir da denúncia feita pelo filho da vítima. O jovem foi obrigado pelo pai a sair de casa quando completou 18 anos. Orientado por um parente, o filho do casal foi até a delegacia e solicitou às guarnições que buscassem a mãe. Agora, ela passa a residir com ele. Após buscar a mulher, foram solicitadas medidas protetivas, bem como foi feita uma representação criminal contra o suspeito.

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“É difícil acreditar que ainda nos dias de hoje possamos ter mulheres nessas condições de vida. Mas, infelizmente sabemos que há muitas, mais ainda nas zonas rurais, onde são agredidas e isoladas. A sociedade precisa se envolver e denunciar, não aceitar essa vida a seu próximo. Nós da Brigada Militar estaremos sempre a postos para averiguar qualquer denúncia e levar a justiça para quem descumpre a lei”, finalizou a capitã Michele.

O acusado tem 57 anos e não tinha antecedentes criminais. O caso vai ser investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Santa Cruz do Sul. A titular da Deam, delegada Raquel Paim Schneider, já instaurou inquérito para apurar o caso.

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