A Polícia Civil concluiu na tarde desta terça-feira, 25, o inquérito referente a um caso que chamou a atenção da comunidade, ocorrido há cerca de dois meses, em Santa Cruz do Sul. Uma mulher de 32 anos, acusada de ter incendiado o ex-companheiro, de 31, foi indiciada por tentativa de homicídio qualificado, com a qualificadora – dispositivo que pode ampliar a pena – elencada pelo meio cruel, em virtude do emprego do fogo.
O caso aconteceu no dia 28 de agosto. Na oportunidade, a mulher confessou a policiais da Brigada Militar que jogou álcool e, com um isqueiro, colocou fogo no homem. O rapaz foi parar no hospital com queimaduras. Porém, diferentemente da versão apresentada pelo indivíduo, segundo ela, ele não estaria dormindo, mas sim alterado e a teria agredido com um soco e um mata-leão. Então, num ato de desespero, ela teria o queimado, em legítima defesa.
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No entanto, essa versão apresentada por ela não foi comprovada na investigação da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) “Realizamos a apuração a partir de provas e tomamos depoimentos de pessoas que tinham algo a esclarecer sobre o fato. Ficou claro que havia uma discussão entre eles, mas não ficou demonstrado uma agressão por parte dele que justificasse ela ter jogado álcool e ateado fogo”, comentou o delegado Alessander Zucuni Garcia.
Mulher pode ser julgada em júri popular
O inquérito do caso foi remetido ao Poder Judiciário e a mulher vai responder pelo crime em liberdade. Como trata-se de um crime doloso contra a vida, a acusada pode ser julgada no Tribunal do Júri, se ao final da instrução processual o Ministério Público manter o indiciamento da Polícia Civil e o juiz de direito reconhecer a prova da materialidade e indícios de autoria.
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O homem de 31 anos, que foi vítima do caso investigado pela 2ª DP, foi indiciado em 4 de outubro pelo crime de ameaça contra a mesma mulher. O caso passou a ser investigado dois dias depois que a indiciada havia queimado ele, pois segundo a envolvida, ela teria recebido um vídeo ameaçador do ex-companheiro pelo WhatsApp em que, segundo contou, ele mostra três revólveres e afirma que lhe daria “uma rajada”.
Nessa investigação, conduzida pela delegada Raquel Schneider, foi comprovado que o vídeo era antigo, anterior à ocorrência em que ele foi vítima das queimaduras. No entanto, ele foi indiciado porque, dentre as provas analisadas, foi confirmado que ele proferia ameaças à mulher de 32 anos.
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