Permanece em investigação o caso de duplo homicídio brutal registrado às 17h30 do último domingo, em Candelária. Tales Junior Francisco da Silva, de 25 anos, e Tamiris Soares de Melo, de 18, foram assassinados com tiros na cabeça, em uma propriedade rural de Capão do Valo, no interior do município. A principal suspeita das forças de segurança é de que o crime tenha motivação passional, e que o autor seja um homem de 26 anos, ex-companheiro de Tamiris.

Esse rapaz não aceitava o fim do relacionamento de seis anos com a jovem, que estava em nova relação com Tales. Conforme apurações do jornalista Tiago Garcia, do Jornal de Candelária, o suspeito teria adquirido recentemente um rifle tático, calibre 22, com capacidade de 25 tiros. Ainda nos últimos dias, havia contado para pessoas próximas que tinha a intenção de matar o casal.

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Na ocasião do crime, Tales e Tamiris haviam ido até a casa do ex dela buscar o filho de 3 anos que a jovem tem com o antigo companheiro. Foi nesse momento que o autor teria efetuado os disparos contra Tales, que estava no carro aguardando o retorno da companheira e do enteado. Em seguida, o suspeito teria atirado contra Tamiris, que também não resistiu.

Após matar o casal, o autor teria colocado Tales no banco do carona e Tamiris deitada no banco traseiro do veículo, um Ford Focus Titanium, cor vermelha, emplacado em Candelária. Depois, seguiu com os cadáveres dentro do carro e ingressou em um corredor, de aproximadamente 4 quilômetros, até abandonar o automóvel com as vítimas em uma lavoura de soja, próximo a taquareiras. Após voltar até sua casa, fugiu em uma motocicleta.

“Tá sumido”, diz Menezes

Brigada Militar, Polícia Civil e Instituto-Geral de Perícias (IGP) atenderam a ocorrência. Os corpos foram encontrados dentro do Ford Focus. O veículo foi removido por um guincho e levado para um depósito, onde ficará à disposição das autoridades policiais. Constatou-se que os disparos foram efetuados na cabeça das vítimas. No automóvel ainda havia a marca de um tiro na porta dianteira, abaixo da maçaneta.

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O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Candelária e está sendo investigado pela Polícia Civil. A Gazeta do Sul contatou o delegado Tiago Bittencourt, para comentar o andamento das apurações. Porém, ele afirmou que não iria se manifestar, em respeito à posição da Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep), que decidiu não fornecer informações à imprensa em razão da falta de reajuste salarial à categoria.

A Gazeta também procurou o delegado regional Luciano Menezes, após determinação da chefia da Polícia Civil estadual para que diretores de departamento, diretores de divisão e delegados regionais concedam entrevistas e informações à imprensa. “O suspeito é o ex-companheiro da vítima, e ele tá sumido”, revelou o delegado à Gazeta. O nome do acusado é mantido em absoluto sigilo.

Os serviços fúnebres de Tales e Tamiris foram realizados pela Funerária Freitas na tarde de ontem. Ele, que morava em Rincão de Fora, no interior de Candelária, foi velado na Igreja Católica Santa Bárbara, da localidade de Picada Escura, e sepultado no cemitério do Corredor dos Vargas, também no interior do município. Ela, que residia em Rincão da Lagoa, foi velada no Necrotério Municipal de Candelária e enterrada no Cemitério Municipal, no Bairro Marilene.

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