Mulher forja o próprio sequestro para extorquir dinheiro da família, que mora em Santa Cruz

Uma mulher de 29 anos foi presa depois de forjar o próprio sequestro para extorquir dinheiro da família, que mora em Santa Cruz do Sul. O caso foi resolvido na madrugada desta terça-feira, 2, quando ela foi encontrada em um motel junto de três comparsas, em Florianópolis, Santa Catarina. Chamadas de vídeo onde ela aparecia amarrada e suja de sangue foram feitas para a família, que chegou a enviar dinheiro aos estelionatários.

Os primeiros contatos teriam sido feitos na manhã do último sábado, 30, quando os supostos sequestradores exigiram o pagamento de R$ 1 mil para soltar a mulher, que estaria sendo mantida refém na capital catarinense. Depois do primeiro pagamento, os homens passaram a exigir o envio de mais R$ 9 mil. Neste momento, a família, moradora de Santa Cruz, teria enviado R$ 4,8 mil. Os bandidos passaram então a cobrar mais R$ 9 mil em resgate.

O caso foi registrado na Polícia Civil ainda na madrugada do domingo, 31, quando as investigações tiveram início, já com a suspeita de que a mulher, que tem envolvimento com o tráfico de drogas, poderia estar forjando o próprio sequestro. “A filha de fato teria relações pretéritas com o tráfico de drogas, teria sido presa na região de Lajeado, teria perdido drogas, implicando em prejuízos financeiros ao grupo criminoso do qual ela fazia parte. Então eles teriam a sequestrado para que fossem pagos valores a título de compensação das perdas”, explicou o delegado João Paulo de Abreu, titular da 1ª Delegacia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

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A investigação foi coordenada pelo Deic, com apoio logístico da Delegacia de Roubos e Antissequestro (Dras) da Polícia Civil de Santa Catarina e da Polícia Civil de Santa Cruz do Sul, que permaneceu ao lado da mãe da suposta vítima, auxiliando no caso. Com monitoramento de telefones e outras diligências, os policiais da capital catarinense encontraram o esconderijo dos supostos sequestradores, em um motel de Florianópolis.

Em chamadas de vídeo feitas com os familiares no próprio celular da suposta vítima, a mulher aparecia amarrada e com um saco na cabeça, além de aparentar estar suja de sangue e ser ameaçada com uma arma de fogo. Segundo o delegado João Paulo de Abreu, os homens ainda teriam enviado áudios à mãe da vítima, em que a mulher aparentava estar sendo agredida. Os comparsas ameaçavam ainda vir a Santa Cruz e atacar outras pessoas da família.

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Em ação rápida, essencial em casos de extorsão mediante sequestro, que necessitam de “agilidade para chegar ao local de cativeiro”, conforme o delegado, os policiais gaúchos acionaram os colegas catarinenses para as ações in loco. No quarto do motel, a mulher foi encontrada com os três homens, “à vontade”. Ainda foram localizados os itens usados para forjar as agressões, como a tinta vermelha que simulava sangue nas roupas da estelionatária.

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Conforme o delegado que coordenou a ação, os quatro foram presos pelo crime de extorsão mediante sequestro. “Pouco depois que ela [a mãe] saiu da delegacia, a gente deu a notícia pra ela, de que a filha na verdade estava forjando o sequestro. Já era uma hipótese que a família acreditava. Ela [a mãe] agradeceu todo o empenho e trabalho”, explicou Abreu.

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Roupas foram sujas de tinta para simular sangue | Foto: Polícia Civil/Divulgação

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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