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Mulher é presa suspeita de mandar matar o pai para receber herança

Uma mulher foi presa sob suspeita de ter mandado matar o pai, identificado como Demétrio Piardi da Silva, de 62 anos, para receber uma herança no valor de R$ 300 mil na cidade de Bom Jesus, na Serra gaúcha. Ela e mais dois homens – um deles o genro da vítima – foram detidos pela Polícia Civil nessa quarta-feira, 12. Segundo os policiais, as investigações indicam que a mulher teria sido a mandante do crime, ocorrido na manhã de ontem.

Os três suspeitos foram presos em Caxias do Sul. Na casa de um deles foi encontrada a arma que, conforme a polícia, foi usada para matar Demétrio. De acordo com a investigação, a filha teria ordenado a morte do pai para receber o valor da herança. Segundo o portal de notícias G1, os homens confessaram ter participado do crime em depoimento. Porém, eles divergem quanto à autoria do disparo que matou a vítima.

Em entrevista ao site, o delegado Flademir Paulino de Andrade, que coordena a investigação, disse que há contradição entre as falas. “Um aponta o outro como autor. Mas está claro que ambos estão em coautoria do fato. Já a filha nega que tenha mandado matar o pai. Ela diz que foi avisada da morte pelo namorado após o crime”, afirmou.

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Ainda conforme o delegado, a vítima teria herdado recentemente algumas terras avaliadas em R$ 300 mil, que foram vendidas. O dinheiro seria recebido até o final deste ano. O pai, então, assinou uma procuração para a filha administrar os bens. Porém, como ele desconfiou que estava sendo enganado por ela e pelo genro, passou a responsabilidade a um amigo.  

“Esse foi o motivo da resignação da filha. Testemunhas ouviram ela falar que ia mandar matar o pai. Como ele morava sozinho em uma casa no interior, ela pensou que ia ser fácil simular um assalto. Quase deu certo, mas é como diz o ditado: ‘o diabo faz a panela mas não faz a tampa'”, avaliou o delegado Flademir.

O trio foi encaminhado ao Presídio Estadual de Vacaria. Os três devem ser indiciados por homicídio triplamente qualificado. Caso sejam condenados, eles podem ficar presos por até 30 anos.

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