Polícia

Mulher é presa após confessar ter jogado filho recém-nascido no lixo

Em uma rápida investigação, a Polícia Civil desvendou todos os detalhes do caso trágico de bebê recém-nascido encontrado morto no lixo, na Rua Érico Veríssimo, no Bairro Campos Verdes, em Encruzilhada do Sul. A mãe da criança, de 18 anos, foi presa preventivamente na tarde desta sexta-feira, 27, acusada de matar seu próprio filho após o parto e jogar o corpo no lixo.

Em um depoimento bastante controverso ao delegado Róbinson Palomínio, a mulher confessou ter realizado o parto e jogado o bebê no lixo. Entretanto, negou saber que estava grávida anteriormente. Além disso, disse que, aparentemente, o bebê havia nascido sem vida e que o colocou no lixo por medo de que seus familiares “ficassem contra ela”.

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As investigações iniciaram na segunda-feira, 23, à noite, após um funcionário da empresa que faz a coleta de resíduos na cidade flagrar algo aparentando ser um boneco pendurado em um saco de lixo. Ao se aproximar, constatou ser um bebê recém-nascido já morto. A partir desse momento, várias diligências foram efetuadas pela Polícia Civil.

“A primeira delas foi a solicitação de perícia para verificar se o bebê nasceu com vida. O exame foi emitido nesta quinta-feira e teve o resultado positivo. Por isso, como o bebê respirou fora do útero, se trata de homicídio e não de aborto. Além desse crime, a investigada também responderá por ocultação de cadáver, visto que, após o parto, colocou o recém-nascido no lixo”, explicou Palomínio, responsável pela investigação do caso.

Profundas lesões no tórax

Em apurações complementares ao crime, a Polícia Civil chegou a ouvir familiares da mulher de 18 anos. “Eles afirmaram que, caso a investigada estivesse grávida, diriam para ela que acolheriam o bebê. Além disso, ao desconfiar da gravidez dela há alguns meses, falavam para ela fazer exames. Mas ela se negava a fazer e ficava brava quando era questionada sobre isso. Inclusive, em uma das oportunidades, mentiu ter feito um exame e mentiu sobre o resultado”, detalhou o delegado.

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O bebê apresentava duas profundas lesões no tórax, as quais, segundo Palomínio, não podem ter sido produzidas pelo caminhão de lixo, nem pela lixeira. “Assim, só podem ter sido produzidas pela própria suspeita.” A conclusão da Polícia Civil é de que a presa não queria o filho, por isso rejeitou a hipótese de estar grávida desde o início e, quando o bebê nasceu, organizou uma maneira de se livrar dele imediatamente.

“A rápida e eficaz ação policial se deve ao trabalho da equipe da nossa delegacia, a quem agradeço mais uma vez”, finalizou o delegado responsável pela Delegacia de Polícia de Encruzilhada do Sul. O nome da mulher foi mantido em sigilo pelas autoridades policiais e ela foi encaminhada à Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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