Mulher é condenada em júri popular pela morte de Tiago Aliandro Kohlrausch

Em julgamento que durou 10 horas, Patrícia D’Ávila da Luz, de 21 anos, foi condenada pelo assassinato de Tiago Aliandro Kohlrausch, de 30 anos, ocorrido em 23 de setembro de 2019. A decisão ocorreu na noite desta quarta-feira, 15, em júri popular presidido pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, da 1ª Vara Criminal, e composto por sete pessoas da comunidade, sendo seis homens e uma mulher, no Fórum de Santa Cruz do Sul. Dentre as pessoas que prestaram depoimento, estavam o delegado responsável pelo inquérito, Alessander Zucuni Garcia; o pai de Tiago, Dirceu Aliandro Kohlrausch; a mãe de Patrícia, Tânia D’Ávila da Luz; e dois amigos de infância da ré, Luiz Henrique Ramos Frantz e Marta Souza dos Santos, além do motoristas de aplicativo Maurício Macedo, que trouxe os matadores de Eldorado do Sul a Santa Cruz do Sul, sem saber que era para cometerem o crime.

A pena de Patrícia ficou em 18 anos de prisão, diminuído dois anos por ter menos de 21 anos na época, ficando em 16 anos, inicialmente fechado. Além disso, terá que pagar uma indenização de 50 salários mínimos ao filho, à companheira e ao pai da vítima. Patrícia será imediatamente encaminhada ao Presídio.

O caso

Tiago Aliandro Kohlrausch, então mecânico concursado da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, morreu com quatro disparos de pistola calibre 380, efetuados por matadores de aluguel, na noite de 23 de setembro de 2019, uma segunda-feira, na própria casa, na Rua Walder Rude Kipper, no Loteamento Motocross, Bairro Arroio Grande. Na investigação, a 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) indiciou Patrícia e o ex-companheiro, o advogado Renato Andrade Ferreira, hoje com 33 anos, por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima).

Patrícia é mãe do único filho de Tiago, de 1 ano e cinco meses na época – atualmente a criança tem 3 anos. Conforme as conclusões do delegado Alessander Zucuni Garcia, a mulher e o padrasto da criança planejaram e coordenaram o assassinato do rapaz. O objetivo era afastar o pai biológico do filho. Gabriel Nascimento da Luz, de 52 anos, tio de Patrícia, era o dono do veículo utilizado pelos matadores que foram à casa da vítima e responde por homicídio duplamente qualificado. Renato e Gabriel serão julgados em momento posterior.

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