Juliani Klamt, de 31 anos, foi morta a tiros na localidade de Linha Arroio Grande, próximo ao Campo do Palmeiras, interior de Venâncio Aires. O crime ocorreu por volta das 7 horas desta terça-feira, 7. Pouco tempo depois, o ex-companheiro da vítima, Carlos Eduardo Fischer, de 38 anos, foi encontrado enforcado no interior de Passo do Sobrado.
Conforme informações da Polícia Civil, a vitima foi emboscada no trajeto em direção ao trabalho. A investigação colheu informações que apontam para um crime passional (feminicídio), tendo como suspeito Carlos, ex-namorado da vítima, com a qual se relacionou por cerca de um ano. A perícia foi acionada e constatou que Juliani teria sido alvejada por pelo menos cinco disparos, quatro na região abdominal e um na clavícula.
Logo depois, em buscas pelo suspeito, a polícia foi informada de que Carlos cometeu suicídio no município de Passo do Sobrado. Os corpos serão encaminhados à necropsia.
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Segundo a Brigada Militar de Venâncio Aires, os dois seriam colegas na Prefeitura de Passo do Sobrado. Ele trabalhava como motorista e ela como assistente social. Juliani também era contratada pela Prefeitura de Venâncio Aires.
Entenda
Após a vítima não comparecer ao trabalho, familiares saíram à procura e a localizaram morta dentro do carro, próximo ao Campo do Palmeiras, em Venâncio Aires, no trajeto que ela fazia para ir trabalhar. Após conversa com familiares, foi constatado que Carlos não aceitava o fim do relacionamento e já havia ameaçado a vítima. Juliani não tinha feito nenhum registro de violência doméstica.
Alerta
A capitã Michele da Silva Vargas, comandante da 3ª Companhia do 23° Batalhão de Polícia Militar (23° BPM), alerta para que as mulheres denunciem. “Qualquer sinal de que o parceiro continua insistindo para que a relação seja retomada, ou de que a mulher se sinta ameaçada, que ela faça o registro. Isso vale também para que os amigos e familiares incentivem esse registro na delegacia. Assim, será expedida uma medida protetiva e será possível identificar se a situação é grave ou não.”
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Ela lembra que nos últimos três anos, das vítimas de feminicídio em Venâncio Aires, nenhuma registrou ocorrência. “Tem que denunciar a qualquer momento em que a mulher se sinta ameaçada”, ressaltou Michele.
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