O jornalismo é, em essência, a arte de lidar com uma pauta, que compreende o planejamento daquilo que se pretende veicular (no jornal do dia seguinte, no programa de rádio, na reportagem a ser publicada no portal). Essa pauta, como se fosse o projeto arquitetônico do prédio, da construção, não se sustenta se não tiver alma. E a alma está na fonte. A fonte, obviamente, é quem prestará ou disponibilizará as informações, que contribuirá para o conteúdo que o jornalista, nas diferentes plataformas, vai elaborar.
Esta edição de final de semana da Gazeta do Sul, por exemplo, resulta de uma pauta, de um projeto montado e ajustado por nossa equipe ao longo de toda a semana. Raramente uma edição de jornal terá sido pautada ou projetada apenas na véspera. Não é incomum que uma edição esteja delineada bem antes, ressalvandose, claro, acontecimentos e fatos da véspera, ou de última hora, que não poderiam mesmo ter sido previstos. Mas o jornalismo não é render-se ao acaso, aos fatos de última hora, porque, nesse caso, seria a própria anulação do profissionalismo. Se o trabalho não é pensado, o profissional reagiria que nem barata tonta, esperando algo ocorrer ou só atuando quando algo ocorresse. Ou com a ignóbil missão de esperar um release ser enviado à redação, outro sinal de completa anulação do jornalismo, que assim só veicularia o trabalho antes feito por terceiros.
Se há uma pauta, é preciso que haja uma fonte. E a fonte, no jornalismo, é quase sagrada. O respeito à pauta e o respeito à fonte são os dois mandamentos do jornalismo. A Gazeta, em todas as suas plataformas, preocupa-se ao máximo em elaborar pautas que sejam de interesse amplo, e que tenham enorme valia na vida do público regional. Para nossa satisfação, os temas que têm sido abordados (saúde, segurança, economia, cultura, educação, clima, sustentabilidade, meio ambiente, esportes, viagens) em todas as suas variantes, têm tido forte e crescente repercussão.
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O resultado imediato é que, nas últimas semanas, não apenas temos elaborado pautas e prospectado fontes, como também muitas pessoas, das mais variadas áreas, têm nos procurado para sugerir temas, assuntos; enfim, para propor pautas. E isso é sintonia fina. Muitas das capas, das reportagens que os leitores puderam conferir no jornal, nas rádios e no Portal Gaz, decorreram de iniciativa de leitores, dos mais variados lugares, na cidade e no interior, que nos escreveram, ligaram ou procuraram para se oferecer como fontes, para evidenciar que têm algo a dizer e a mostrar. Isso, no jornalismo, é por demais gratificante.
Que cada leitor se sinta da mesma forma convidado a compartilhar conosco a história que tem para contar. A plenitude no jornalismo nasce da parceria, quando a comunidade se sente respaldada e espelhada num jornal. Muito obrigado a todos os que constituem fontes para a Gazeta, e, mais ainda, para os que, de forma tão espontânea, têm nos contatado para nos contar de sua vida, e assim nos dão a imensa honra de fazermos parte dela.
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