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Muito respeito com o tabaco!

Quem cumpre sua rotina no Vale do Rio Pardo ou em toda a região central gaúcha terá presente a força e a importância do tabaco enquanto base da economia, na geração de empregos e de renda. Isso nem sempre é percebido (ou quase sempre é ignorado, para não ser desprezado) em outras regiões gaúchas, ou brasileiras, todas aquelas que não estão diretamente familiarizadas com o ritmo de produção, de processamento e de comercialização dessas folhas, em sua ampla maioria (mais de 90%) embarcadas para o exterior, onde têm clientes em mais de uma centena de nações.

Mas nesse período que sucede a uma das maiores catástrofes naturais que o Rio Grande do Sul já viu (talvez todo o Brasil e toda a América do Sul não haviam testemunhado), a da enchente de abril e de maio, mais uma vez fica evidente o quanto o tabaco, enquanto cadeia produtiva e enquanto produto agrícola formal, presente há séculos no País, segue decisivo para a sustentação de todos. De todos, porque os benefícios ou as vantagens dele decorrentes contemplam a toda a sociedade, até mesmo os situados muito longe de sua área de produção e industrialização, e até mesmo os que eventualmente se ocupam de falar mal dele, ignorantes que são das especificidades e peculiaridades dessa planta para centenas de milhares de famílias.

Neste fíndi que se segue ao feriado do Dia da Proclamação da República, talvez seja pertinente recuperar duas notícias recentes, que, por dizer respeito à realidade do Rio Grande do Sul, têm imensa importância nesse Estado tão fortemente abalado em sua autoestima e em sua economia, pela catástrofe climática deste ano.

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No dia 8 de novembro, uma sexta-feira, a Gazeta do Sul estampou em sua manchete: “Arrecadação chega a R$ 6,9 bilhões”. A informação referia-se a Santa Cruz do Sul, e colocava esse município como o terceiro maior em recolhimento de tributos em todo o Rio Grande do Sul, atrás somente de Porto Alegre, com seus 1,5 milhão de habitantes, e Caxias do Sul, com seus quase meio milhão de habitantes. Pois Santa Cruz, com 138 mil habitantes, está ali, logo na sequência no ranking, como o terceiro polo que mais contribuiu com tributos no Estado, sendo também o 53o no País, à frente inclusive de capitais. Aos que o ignoram, os de perto e os de longe, vale referir em alto e bom som: mérito de quem? Do tabaco!

Portanto, muitos aplausos para esse setor. Quem o ataca talvez teria, isso sim, muito a aprender com ele…
E, então, na edição da Gazeta do Sul de quarta-feira, dia 13, na página 3, no “Panorama”, outra notícia: “Tabaco lidera setores com crescimento em outubro”. Novamente na economia do combalido Rio Grande, que tanto empenho faz para se reerguer. Essas informações são conteúdo oportuno para alertar a todos (os do governo e os da sociedade em geral, tão pouco capaz de gerar notícias alvissareiras e proativas): mais respeito com o tabaco!

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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