Usado em diversas receitas para gripes e resfriados, as vendas de mel crescem no outono e no inverno. Tanto, que os apicultores comemoram a chegada das estações mais frias do ano. “Tem muita procura, parece que o mel é um produto de inverno”, afirma o presidente da Cooperativa dos Apicultores Familiares do Brasil (Copromel), Lênio Trevisan.
E os benefícios do mel para saúde não são mitos. A nutricionista Kimberly Wiebeling confirma que o mel é fonte de diversas vitaminas, como B2, B3, B5, B6, B9 e C, além de sais minerais, como potássio, sódio, cálcio, ferro, fósforo e magnésio, e compostos bioativos que conferem a ele ações imunomoduladoras, principalmente imunoestimulantes. “Ou seja, estimulam o aumento da capacidade do sistema imunológico de combater infecções e doenças.”
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A profissional alerta, porém, que tudo em excesso faz mal. “Apesar do mel ser uma boa fonte adoçante por ser natural, energética e ainda ter propriedades terapêuticas, é recomendável que seja consumido de forma equilibrada, com moderação, assim como qualquer outro alimento”, reitera.
Kimberly salienta que estudos comprovam que além de benefícios para a imunidade, o mel é um bom agente anti-inflamatório, antioxidante, antibacteriano, antifúngico e antiviral. “A Organização Mundial da Saúde indicou o mel como potencial para tratamento da tosse e sintomas de resfriados comuns, sendo considerado um demulcente, ou seja, um medicamento que reveste a mucosa do sistema respiratório, aliviando a tosse. Porém, vale salientar que a composição e as propriedades do mel variam de acordo com a origem floral, então não necessariamente o mel que encontramos para consumir proporcionará todos os benefícios.”
A nutricionista completa que é importante se certificar de que o mel consumido é realmente puro. E crianças com menos de 1 ano de idade não devem consumir mel. “Há um risco aumentado de transmissão do botulismo, doença causada a partir da toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum e que provoca sintomas neurológicos e gastrointestinais graves. Por não ter o sistema imunológico completamente formado nessa idade, o fator de proteção é reduzido.”
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