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Muita calma nessa hora

Estamos a dois dias da eleição. Muitos dirão que não se trata de  “mais uma”, mas de “uma das mais importantes” disputas da história. Independentemente da controvérsia quase sempre de fundo ideológico do analista, é preciso reconhecer que descemos a ladeira em relação ao nível do ambiente que permeia o pleito em disputa.

Infelizmente, boa parte da mídia credita apenas aos políticos a culpa pela baixaria que se verifica em todos os ambientes, como nas ruas e, com mais ênfase, no horário eleitoral, que acompanho, até por necessidade, como jornalista. Ao longo dos últimos anos, a radicalização do noticiário tem servido de combustível para manter sempre aquecida a guerra entre aqueles “a favor” e os “do contra”. A legislação eleitoral não permite citar os nomes dos candidatos e dos veículos de comunicação a que me refiro, mas o leitor sabe com clareza de quem estou falando.

A disputa para o mais alto cargo do País – de presidente da República – ofusca a importância, por exemplo, da função desempenhada pelos deputados estaduais. Mesmo com as atribuições reduzidas em decorrência da Constituição, os parlamentares gaúchos desempenham importante função em nossas vidas. A atual legislatura, que termina em breve, foi acidentada, em decorrência da pandemia, que durou pouco mais de dois anos.

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Dos quatro anos de mandato, os deputados estaduais tiveram trabalho presencial apenas no primeiro desta 55ª legislatura. Foram dois anos de pandemia em alta e, em 2022, na Assembleia Legislativa os trabalhos ficaram paralisados. Houve apenas sessões virtuais. Trata-se de  uma situação “normal” em consequência da campanha eleitoral, este sim o interesse maior dos deputados. A maioria deles busca a reeleição ou disputa uma vaga na Câmara Federal.

Os enfrentamentos verbais, cena comum na disputa eleitoral, foram muito além de simples bate-boca, vendo-se diversos episódios envolvendo brigas físicas. Nesta arena feroz se incluem, é claro, as redes sociais, que, como na vida real, sempre têm os dois lados. Uma função – condenável – é servir de palco para provocações, ofensas e profusão de fake news e mentiras montadas por Photoshop. Por outro lado, as ferramentas digitais serviram para democratizar a informação, tirando a primazia dos veículos tradicionais de comunicação em divulgar o que lhes convinha.

Apesar do clima belicoso, é preciso, como sempre, preservar o equilíbrio e o bom senso no momento do voto. Cada eleitor tem as próprias prioridades, premissas que ele considera inegociáveis para definir a escolha do candidato de preferência. Deve-se abstrair o bate-boca, as agressões e picuinhas pessoais para não confundir razão com emoção. Mas não é fácil.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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