Acordo e pego o celular para ver a hora. Geralmente desperto pelas 5 da manhã. Quero saber a previsão do tempo. Mas o locutor está falando sobre a pandemia, quantos morreram aqui e em todo o país. Fujo dessa estação e passo para outra.
Nas TVs abertas são doses e doses de pandemia.
São raras as emissoras cujos apresentadores vêm com matérias outras, como economia, perspectivas, assuntos agradáveis.
Publicidade
Só me resta desligar e acionar o Spotify procurando música erudita. Após um tempo, canso de estar deitado e me levanto. Leio as matérias de quatro ou cinco jornais.
A maioria das colunas de opinião espelham a guerra de Bolsonaro e sua grei contra os antibolsonaros.
Enquanto isso a Ufrgs não consegue levar a cabo seu vestibular e deixa os pretendentes a uma vaga numa espera injusta.
Publicidade
Passo para o caderno de esportes.
Antes gostaria de dizer que tive um pouco de experiência no futebol. Fui o primeiro vice-presidente ao ser fundado o Cruzeiro de Santiago, que até hoje promove um torneio de jovens. Esse time chegou a ser profissional, mas não deu certo por causa das despesas.
Mais tarde, já em São Leopoldo, participei da ressurreição do Aimoré, que estava fechado há anos. Assumi a presidência do Conselho Deliberativo e, com vários participantes, sanamos todas as dívidas, fazendo com que o Aimoré voltasse aos gramados.
Publicidade
Aí aprendi a conhecer melhor o jogador de futebol.
Frequentemente, vinha um atleta dizendo que não tinha condições de jogar porque faltou um remédio para a mãe. Muitos se envolviam em romances problemáticos com moças frequentadoras dos alambrados nos treinos. Pronto, lá tinha que ir algum diretor tentar sanar o problema.
A maioria dos jogadores de futebol são monoglotas. Poucos se interessam em estudar. Não se preocupam, em geral, a aprender inglês ou espanhol.
Publicidade
Clubes organizados como Internacional e Grêmio cuidam das divisões de base, dão toda a assistência. Mas a maioria dos clubes recebem candidatos a atletas com sérios problemas.
Todavia, posso garantir que mesmo os jogadores de Inter e Grêmio não estão aptos a entender o espanhol e muito menos o inglês.
Pois o Inter contratou um treinador que fala espanhol e que nenhum esforço faz para falar português. No fragor do jogo, fica berrando instruções que seus pupilos não entendem.
Publicidade
Talvez seja melhor. O cara joga como sabe e no fim é melhor não entender os gritos nervosos do técnico.
Pergunta: depois da estátua em vida, se convidado por outro clube, Renato jogará contra o Grêmio? Ou ficará só jogando vôlei em Copacabana?
Estátua em vida???
LEIA OUTRAS COLUNAS DE RUY GESSINGER
This website uses cookies.