Neste fim de semana, dias 25 e 26, moradores de Santa Cruz do Sul passam pela segunda fase de uma pesquisa sobre a pandemia do novo coronavírus. A intenção é estimar o percentual de pessoas infectadas pela Covid-19. A primeira ocorreu no começo do mês e terá os dados cruzados com a mais recente. Somente a partir dos resultados apontados é que a Prefeitura vai decidir se faz alterações no decreto, como, por exemplo, flexibilizar ou não as regras.
O trabalho é coordenado pela Universidade Federal de Pelotas e conta com o apoio da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). O estudo vai levantar números sobre a proporção de casos de infecção, pessoas sem sintomas e evolução da doença. “Os trabalhos serão feitos no sábado e no domingo, com testes rápidos, para analisarmos se as pessoas tiveram contato com o coronavírus nos últimos 15 dias. Serão feitos 500 testes, além de questionamentos, e vamos comparar dados com a pesquisa anterior e cruzá-los. Assim saberemos melhor a situação epidemiológica no município”, disse o secretário municipal de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, durante entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta sexta-feira, 24.
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Ele explica que os agentes irão até determinadas casas e bairros, escolhidos por sorteio, devidamente identificados com crachá, além de estarem com luvas, jaleco, óculos e máscara de proteção. Podem fazer o teste homens, mulheres e até crianças. “O teste mede a carga viral e se em algum momento o paciente teve contato com o vírus e desenvolveu uma imunidade. Além disso, caso contaminada, é possível saber se a pessoa está naquela janela de contaminação em que pode passar o vírus para outras pessoas”, explica.
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O problema ainda não acabou
O secretário ressalta que, mesmo com a flexibilização do comércio e Santa Cruz sendo o município com menor incidência de casos confirmados no Estado, ainda é preciso estar alerta, porque o problema ainda não acabou. “Vivemos o prazo covid: não sabemos o tamanho do problema, os resultados demoram e temos muitas dúvidas. As ações surtem efeito somente 14 dias depois, período para manifestação do vírus. Não voltamos à normalidade e ainda há preocupação com a doença. Flexibilizações foram feitas agora, mas, dependendo do que pode ocorrer, teremos que revê-las.”
Ele enfatiza que é importante que a população não tenha uma falsa sensação de que somente a obrigatoriedade do uso de máscaras é suficiente. “Devemos continuar lavando as mãos, usando álcool gel, tudo isso tem que ser intensificado.
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Os casos em Santa Cruz
O município teve cinco casos confirmados de coronavírus. O secretário explica que o primeiro diagnosticado, a partir de teste do Laboratório Central do Estado (Lacen), já está curado. O segundo teve o diagnóstico a partir de um teste em laboratório particular, sendo que o caso ainda não foi reconhecido pelo Estado. Ainda há outros dois da cidade de Torres. “São pessoas que não tinham o teste no município e vieram fazer aqui em Santa Cruz, mas estão em isolamento na cidade delas.” O outro caso é a morte de uma mulher, no Hospital Santa Cruz, que era moradora de Encruzilhada do Sul.
Colaborou o jornalista Ronaldo Falkenback
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