Mudança na Brigada Militar causa apreensão no Centro-Serra; entenda

As lideranças da microrregião Centro-Serra iniciaram uma articulação para evitar a possibilidade de rebaixamento da 5ª Companhia da Brigada Militar (BM), com sede em Sobradinho, que passaria a compor um pelotão da 4ª Companhia, sediada em Candelária. O recém-eleito presidente da Associação dos Municípios do Centro-Serra (AMCSerra) e prefeito de Arroio do Tigre, Marciano Ravanello, durante entrevista na sexta-feira, 16, ao programa Giro Regional, da Rádio Gazeta FM 98,1, disse que a informação foi recebida de maneira informal, mas causou preocupação.

Ravanello afirmou que será uma perda significativa para toda a região. A AMCSerra preparou um documento, encaminhado ao governo estadual; ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Brito; e à Secretaria Estadual de Segurança Pública, com vistas à revisão da decisão.

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Em reunião na última quarta-feira, em Porto Alegre, convocada por Brito, na presença do líder de governo na Assembleia, deputado Frederico Antunes, e do comandante-geral da Brigada Militar, coronel Claudio dos Santos Feoli, o presidente da AMCSerra expôs as preocupações da região quanto à alteração. Ele também apresentou dados que demonstram que a alteração prejudicará o Centro-Serra.

Segundo o prefeito, o representante da Brigada disse que mudanças como essa ocorrem em todo o Estado e fazem parte de uma reestruturação na corporação. Na reunião, Ravanello pediu que esse caso seja reconsiderado, pois são nove municípios atendidos pela 5ª Companhia, onde há duas Comarcas com três varas de atuação, além de duas delegacias no perímetro.

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O presidente da AMCSerra destaca que há municípios da região sem acesso asfáltico, com um vasto território, além da dificuldade de acesso à serra. Conforme ele, um fator citado para o rebaixamento à pelotão são os baixos índices de criminalidade. “Mas a gente não quer que ela deixe de ser tranquila, queremos que permaneça tranquila”, ressalta.

De acordo com Ravanello, a decisão pertence ao Estado e pode não haver muito a ser feito, mas a região irá lutar para evitar que isso se concretize e a 5ª Companhia permaneça em Sobradinho. A informação é de que inicialmente não haverá muitas mudanças, sem redução no número de policiais. Contudo, ele ressalta que não há conhecimento sobre o que poderá acontecer, pois muitos policiais podem sair da região, não haverá mais um comandante e o trabalho dependerá da 4ª Companhia.

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Prefeitos prometem ampliar mobilização

O presidente da AMCSerra, Marciano Ravanello, informou que todos os prefeitos da associação, em reunião no dia 9 de fevereiro, mostraram-se contra o rebaixamento da Companhia. Segundo ele, é uma situação diferente que afeta a região e há necessidade de manter o comando no Centro-Serra, pois o efetivo já está acostumado com a realidade local. Segundo ele, até agora não houve convite para algum encontro para tratar do assunto e a informação causou surpresa a todos.

Como não há nenhuma definição oficial repassada, Ravanello acredita que isso possa ser revertido. Salienta que os gestores da região estão fazendo esforços para evitar que a decisão se concretize. “A gente gostaria de estar aqui trazendo mais alternativas para a região, mas temos que novamente brigar para que não se perca outra”, afirmou, destacando a necessidade da união entre os gestores para fortalecer a região.

O presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Brito, confirmou na sexta-feira a realização de audiência nesta terça-feira, 20, na sala da presidência da Assembleia, para tratar sobre a 5ª Companhia da Brigada Militar. Segundo ele, já estão confirmadas as presenças do comandante-geral da Brigada Militar, do líder do Governo no Parlamento, e de prefeitos da AMCSerra.

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