A janela para transferência partidária mudará o mapa político de Santa Cruz do Sul. Pelo menos dois partidos, que não elegeram vereadores na última eleição, passarão a ter cadeiras no Legislativo antes do próximo pleito. É o caso do PL e do Podemos. O primeiro contará com Serginho Moraes, que estava no PRD (junção do PTB com o Patriotas); o outro tem Nicole Weber (eleita no PTB) e Daiton Mergen (ex-presidente do MDB).
Rodrigo Rabuske (PRD) também deve trocar de legenda. Afirma que está focado no mandato, mas a tendência é a mudança. Chegou a comparecer em eventos do PL, mas não confirma a sua alteração. Entre seus colegas, ainda falam que têm recebido convites Edson Azeredo (PP), Francisco Carlos Smidt (PSDB) e Hilário Silva (PSD).
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O mecanismo, que possibilita a troca de sigla sem que seja perdido o mandato, iniciou-se nessa quinta-feira, 7, e segue até o dia 5 de abril (seis meses antes da eleição). Foi instituído pela Reforma Eleitoral de 2015, sendo uma alternativa, após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que atribuiu à legenda o mandato e não ao candidato eleito. Em 2016, a norma foi estabelecida como emenda constitucional, com aprovação pelo Congresso Nacional.
Fora do período da janela, existem algumas situações que permitem a mudança de partido com base na saída por justa causa. São elas: desvio do programa partidário (caso que justificou a mudança da vereadora Nicole Weber) ou grave discriminação pessoal.
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Além do período da janela de transferência, o ano tem uma série de datas do calendário eleitoral, que devem ser observadas. O prazo máximo para filiação partidária do pretendente a disputar a eleição de outubro, por exemplo, é 6 de abril.
O rumo no Legislativo
- Alberto Heck – Em fevereiro, completou 38 anos no PT. A princípio, adianta, será candidato à reeleição. Seu nome é cotado à majoritária na sigla.
- Bruna Molz – Ex-presidente da Câmara, continua no Republicanos e busca a reeleição no Legislativo.
- Bruno Faller – O vereador do PDT garante que continua no partido e vai disputar a reeleição.
- Daiton Mergen – Ex-presidente do MDB, oficializou nessa quinta-feira, 7, a sua filiação ao Podemos. Tentará a reeleição, mas deixa o nome à disposição do novo partido.
- Edson Azeredo – Aguarda definições do partido. Tem recebido convites de outras siglas. Na última semana da janela, ele deve tomar sua decisão.
- Francisco Carlos Smidt – Não tem definida a questão partidária. Repetiu o que falou em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM, em 2023, quando afirmou não ser candidato ao Legislativo na próxima eleição. Isso quer dizer que pode integrar chapa à majoritária e que estaria recebendo apoio popular para isso.
- Gerson Trevisan – Atual presidente da Câmara, está há 33 anos no PSDB, onde deve continuar e buscar a reeleição.
- Hilário Silva – Ainda não tem definido o seu futuro político. Diz ter sondagem de partidos e que a decisão será tomada nos últimos dias da janela.
- Ilário Keller – Continua no Progressistas e tentará mais um mandato na Câmara. Não descarta integrar chapa majoritária, caso seja necessário.
- Jair Eich – Segue no Progressistas e deve buscar a reeleição.
- Leonel Garibaldi – Representante do Novo na Câmara, continua no partido e concorrerá à reeleição.
- Licério Agnes – Buscará a reeleição na Câmara, em seu partido, o PSD. Para a majoritária, se houver situação que possibilite, diz estar pronto.
- Nicole Weber – A vereadora antecipou-se à janela e deixou o PRD, criando o Podemos no município e assumindo a presidência da sigla. Em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM, não descartou a possibilidade de disputar a Prefeitura. Garantiu que o partido será protagonista na próxima eleição.
- Professor Cleber Pereira – Permanece no União Brasil e assumiu o desafio de dobrar o número de cadeiras do partido na Casa. Colocará seu nome para disputar reeleição.
- Raul Fritsch – Presidente do Republicanos, continua na sigla e atraindo nomes para integrar a nominata. Adianta que o partido trabalha para integrar chapa na majoritária.
- Rodrigo Rabuske – Afirma que está focado no mandato, mas adianta que deve mudar de sigla.
- Serginho Moraes – O vereador acompanha sua família e vai para o PL, também em função das mudanças ocorridas no PTB (seu partido), que se uniu ao Patriotas e criou o PRD. Diz que concorrerá à reeleição no Legislativo.
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