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TRAGÉDIA CLIMÁTICA

Muçum prevê colapso econômico devido aos estragos causados pela enchente

Foto: Alencar da Rosa

A pequena Muçum, no Vale do Taquari, foi uma das cidades mais afetadas pelo ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul, que sofre a maior tragédia climática da história. “A situação está caótica, difícil de organizar. É um cenário de guerra e estamos lidando dessa forma, tentando organizar o caos e reconstruir a cidade”, disse o prefeito Mateus Trojan (MDB).

O município registrou 15 mortes e ainda há uma lista com 30 desaparecidos, segundo balanço da Defesa Civil. O prefeito disse esperar que nem todos os desaparecidos tenham perdido a vida. “Tivemos informações de que algumas pessoas relacionadas na lista podem estar vivas, por isso lidamos com muita cautela com essa divulgação”, afirmou o prefeito em entrevista à Rádio Eldorado.

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Muçum teve 80% do território alagado e moradores tiveram de carregar vizinhos no colo e se abrigar nos telhados para escapar da força das águas. “Muitas famílias perderam tudo o que tinham e tiveram o agravante de perder familiares. No hospital de Muçum recebemos também pessoas que vieram de Roca Sales (cidade vizinha), pois lá o hospital foi destruído“, afirmou Trojan.

No total, o Rio Grande do Sul registrou 41 mortes até a tarde desta sexta-feira, 8, e há previsão de novos temporais, o que deixa todo o Estado em alerta. Na madrugada desta sexta, voltou a chover na região e a cidade entrou em alerta, mas os serviços de resgate não pararam, segundo o prefeito. “Ainda há o risco de nova enchente. A terra está encharcada e o rio está com o leito bem acima do normal. Mas as equipes estão escaladas para continuar as buscas tomando o cuidado de que a tragédia não gere outra tragédia.”

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Nessa quinta-feira, 7, segundo ele, o governador Eduardo Leite (PSDB) visitou a cidade e prometeu ajuda. “No momento, a ajuda humanitária está vindo de várias partes através de doações. Temos o Brasil dentro de Muçum, o Exército, a Marinha, a Defesa Civil de diferentes esferas, batalhões da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. É uma estrutura de guerra para a resposta a um cenário de guerra”, disse.

Além de recursos humanos e financeiros, o prefeito disse que será necessário apoiar as empresas atingidas para que retomem os trabalhos e não demitam, o que desencadearia, em médio e longo prazo, outro problema social. Segundo ele, a indústria é a base da economia local. A maior delas, um curtume de couros, foi brutalmente atingida. São quase 500 funcionários, parte deles vindos das cidades de Roca Sales e Encantado, que também foram atingidas. A Confederação Nacional dos Municípios estima prejuízo superior a R$ 85 milhões nas áreas afetadas.

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Trojan espera que a onda de solidariedade que está ajudando a recuperar a cidade continue por mais tempo. “São dezenas de casas totalmente levadas, o que gera essa necessidade de ter esse retorno do governo do Estado e do federal para reconstruir a cidade. Mas temos também mais de 2 mil pessoas voluntárias, que vieram de fora, para ajudar na recuperação da cidade.” Neste sábado, 9, as vítimas de Muçum receberão homenagens em velório coletivo.

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