ATUALIZADO ÀS 10H41
O Hospital Santa Cruz (HSC) é alvo de uma operação do Ministério Público do Trabalho (MPT) desde as 8 horas. As atividades acontecem na manhã desta terça-feira, 3, na casa de saúde localizada na Rua Fernando Abott, no Centro. O MPT realiza no muncípio a oitava edição da operação que iniciou em 2016 e que busca vistoriar vários hospitais do Rio Grande do Sul em busca de irregularidades.
Esta fase da força-tarefa ocorre apenas no HSC e avalia 83 itens. A inspeção deverá se estender até a próxima sexta-feira, 6, quando a empresa será notificada do resultado da operação. O principal centro de saúde do Vale do Rio Pardo possui cerca de 23 mil metros quadrados de área construída, 232 leitos e 971 trabalhadores. O foco das atividades é a adequação das condições de saúde e segurança dos funcionários das instituições hospitalares. A operação-padrão é realizada em hospitais de grande porte.
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Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta terça-feira, 3, o diretor administrativo Egardo Orlando Kuentzer comentou que a direção da instituição foi pega de surpresa. “Sem dúvida nós não tínhamos conhecimento sobre esta força-tarefa. Pra nós é uma atividade que vem sendo realizada de forma rotineira em grandes hospitais e nós fazemos parte deste grupo no Rio Grande do Sul. Colocamos à disposição toda a documentação que faz parte dos itens relacionados como organograma, planta baixa, quadro de funcionários com relação nominal por setor e planos de prevenção contra incêndios (PPCI)”, disse.
Os integrantes da operação se dividiram em quatro equipes para otimizar a fiscalização: ergonomia, saúde do trabalhador e da trabalhadora, dimensionamento de pessoal, segurança e habilitação e responsabilidade profissional. No final da tarde dessa segunda-feira, os integrantes da força-tarefa reuniram-se para ultimar os preparativos da operação.
“Nós temos um Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) muito atuante dentro do HSC, assim como temos diversas equipes responsáveis pelas atividades como comissões de ergometria, e a própria Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) que faz parte desses processos com o intuito de oferecer as melhores condições de trabalho aos funcionários”, explicou Kuentzer.
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Os principais problemas enfrentados no setor são doenças de coluna pelo esforço de movimentar pacientes, acidentes com perfurocortantes e contaminação biológica. O grupo foi recebido pelo diretor administrativo, Egardo Orlando Kuentzer, que designou como interlocutora a coordenadora do RH, Fernanda Haas. Foram solicitados 82 documentos à empresa.
Os hospitais Mãe de Deus e Conceição em Porto Alegre; Unimed e Virvi Ramos em Caxias do Sul; Tacchini em Bento Gonçalves; Dom João Becker em Gravataí; e São Vicente de Paula em Passo Fundo foram os sete primeiros investigados. Nos casos anteriores, as empresas tiveram prazos de até 90 dias para realizar as adequações. O MPT recomendou, ainda, a paralisação da atividade ou máquina que apresentasse risco grave e iminente de acidente de trabalho ou adoecimento, se necessário, para viabilizar a correção, sob pena de responsabilização civil e criminal em caso de negligência no cumprimento do dever. Os hospitais devem comprovar o cumprimento dos itens entregando relatórios mensais.
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