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MPF suspeita que empresa de voo da Chapecoense não pertence aos donos oficiais

O Ministério Público Federal (MPF) de Santa Catarina suspeita que a empresa LaMia, companhia responsável pelo voo que caiu com time da Chapecoense, não pertence aos donos oficiais. Isso transformaria todo o cenário da batalha pelo pagamento de indenização às vítimas, já que os donos que constam no papel não poderiam arcar com os pagamentos. Um deles morreu na tragédia e o outro está foragido.

Oficialmente, LaMia pertence a Miguel Quiroga, que era o piloto do avião e morreu no acidente e a Marco Antonio Rocha, foragido. Entretanto, os documentos do fretamento da aeronave com a Chapecoense teve a participação da venezuelana Loredana Albacate, responsável também por uma segunda empresa que receberia US$140 mil relativos ao deslocamento até Medellín, através de uma conta em Hong Kong. Loredana é filha do dono do avião que caiu, o ex-senador venezuelano Ricardo Albacate. Após a tragédia, ele declarou ao jornal espanhol “El Confidencial” que teria apenas arrendado a aeronave para a LaMia boliviana.

As informações foram reveladas pelo portal G1. Conforme o MPF, as descobertas demonstram “a verossimilhança das suspeitas noticiadas pela imprensa, de que os verdadeiros proprietários dessa companhia aérea possam não ser os bolivianos que figuram em seus atos constitutivos”. A Procuradoria não vê relação desse episódio com o desastre. O inquérito foi levado a Procuradoria Geral da República, para que seja enviado também ao Minstério Público da Colômbia e da Bolívia.

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Acidente

A tragédia aconteceu na madrugada de 29 de novembro de 2016, quando 71 pessoas morreram e outras seis ficaram feridas. O desastre aconteceu quando o avião estava perto de chegar no aeroporto de Medellín. O relatório inicial, feito pela autoridade de aviação civil colombiana, aponta que a aeronave estava sem combustível. Nos próximos dias, será divulgado o relatório final.


Jogadores e a comissão técnica antes de embarcar na Bolívia rumo a Medellín
(Foto: Divulgação)

 

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