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MP investiga Facebook sobre uso de reconhecimento facial de brasileiros

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou nesta segunda-feira, 23, um inquérito civil público para apurar se o Facebook está violando dados pessoais de brasileiros por meio de sua tecnologia de reconhecimento facial. A investigação avaliará se há indícios de discriminação e outras possíveis consequências do uso da ferramenta.

No documento, o promotor de Justiça e coordenador da Comissão de Proteção dos Dados Pessoais do MPDFT, Frederico Meinberg Ceroy, justifica o inquérito alegando que o Facebook já confirmou que usa reconhecimento facial em fotos e vídeos de seus usuários e que tem acesso a dados de pessoas que não têm conta na rede social.

A investigação irá verificar se o uso da tecnologia permite a discriminação de brasileiros por etnia, em processos seletivos em instituições de ensino, por orientação sexual, em recrutamento de candidatos a vagas de emprego entre outros.

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Ceroy alerta a possibilidade de a rede social está infringindo determinação da Constituição Federal, do Marco Civil da Internet, Código de Defesa do Consumidor e do recém-aprovado Projeto de Lei 53/2018, que aguarda a sanção do Presidente Michel Temer. Até o momento, o Facebook Brasil não se pronunciou sobre o assunto.

 

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Funcionamento

O Facebook justifica que a tecnologia de reconhecimento facial ajuda a proteger a identidade de indivíduos na internet. “Um estranho, usando sua foto, poderia se passar por você”, diz a empresa.

A rede social tem sofrido fortes críticas com o uso da tecnologia. Em resposta, o Facebook diz que os usuários têm controle sobre esse processo. Críticos a tese dizem, no entanto, que a rede social escaneia os rostos em fotos mesmo quando o usuário opta por desligar a configuração de reconhecimento facial.

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João Caramez

Em 2010, aceitei o convite para atuar como repórter estagiário no Portal Gaz, da Gazeta Grupo de Comunicações. Era o período de expansão do site, criado em 2009, que tornou-se referência em jornalismo online no Vale do Rio Pardo. Em 2012, no ano da formatura na graduação pela Unisc, passei a integrar a equipe do jornal impresso, a Gazeta do Sul, veículo tradicional de abrangência regional fundado em 1945. Com a necessidade de versatilidade para o exercício do jornalismo multimídia, adquiri competências em reportagem, edição, diagramação e fotografia para a produção de conteúdo em texto, áudio e vídeo. Entre as funções, fui editor de País/Mundo e repórter de Geral. Atualmente, sou repórter de Esporte e produzo conteúdo para o site Portal Gaz e jornal Gazeta do Sul. Integro a mesa de debatedores do programa 'Deixa Que Eu Chuto', da Rádio Gazeta FM 107,9, desde 2018. Em 2021, concluí uma pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios pela Ulbra.

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