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POLÍCIA

MP investiga ex-dirigentes do Brasil de Pelotas por suspeita de desvio de dinheiro do clube

Mandado cumprido no Estádio Bento Freitas

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) deflagrou nesta quarta-feira, 10, uma operação em busca de mais provas sobre associação criminosa constituída por ex-dirigentes do Grêmio Esportivo Brasil (GEB) de Pelotas para desviar e se apropriar de recursos do clube. São cumpridos 10 mandados de busca e apreensão no município do Sul do Estado e em Contagem, Minas Gerais.

A decisão judicial que ordenou as buscas, atendendo a um pedido do MP, também decretou o bloqueio de valores e indisponibilidade de bens dos investigados, além de afastar o sigilo bancário dos suspeitos. As buscas ocorrem no estádio Bento Freitas, empresas, escritório de contabilidade e nas residências de três investigados. O objetivo é apreender documentos, como contratos, pagamentos e notas fiscais, além de anotações diversas, dinheiro, celulares, notebooks e mídias digitais sobre irregularidades ocorridas entre o final de 2021 e junho de 2023. Desta forma, o MPRS pretende apurar o valor exato do prejuízo causado à agremiação esportiva.

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Segundo a apuração, houve apropriação de parte de uma verba enviada para o time de Pelotas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), outra repassada por uma empresa patrocinadora do Brasil e uma terceira oriunda dos recursos provenientes dos sócios do clube. Dois dos suspeitos faziam parte da antiga administração e um terceiro é presidente de uma associação privada. A ordem judicial cumprida em Minas Gerais é referente a um dos suspeitos que, atualmente, mora neste Estado da Região Sudeste. O mandado no estádio ocorre apenas para verificar se há ainda algum contrato remanescente da antiga gestão, já que a atual foi quem denunciou os delitos.

A operação tem esse nome em alusão a um torcedor ícone e que ganhou até uma estrela na calçada da fama do Bento Freitas: Argemiro Severo Gonçalves, o Marcola, falecido em 2002. O promotor Rogério Meirelles Caldas, do Gaeco Sul, destaca que são recursos que foram recebidos pelos investigados para custeio das suas atividades em prejuízo ao próprio clube e também de um condomínio de credores existente na Justiça do Trabalho. “Com essa operação, buscamos mais provas que confirmem os fatos apurados. Lembrando que, o bloqueio de bens é uma forma futura de poder reparar os prejuízos que o Brasil de Pelotas teve”, disse.

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