A Promotoria de Defesa Comunitária de Santa Cruz do Sul informou no início da noite desta quarta-feira, 27, que “é inverdade” a informação dada pela Prefeitura, por meio de nota, de que a declaração de Angela Saraiva, assessora da vice-prefeita Helena Hermany (PP), “não condiz com a verdade”. O promotor Érico Barin diz que se este conflito de versões persistir, vai divulgar trechos dos depoimentos tomados nesta quarta-feira e gravados em vídeo.
Após prestar depoimento pela manhã, no âmbito do inquérito civil aberto pelo Ministério Público para apurar um suposto caso de expulsão da vice-prefeita de seu gabinete, a assessora contou à Gazeta que na terça-feira da semana passada recebeu um telefonema da Secretaria de Administração dizendo que estava exonerada do cargo. A exoneração foi desfeita nessa segunda-feira, quando ela procurou a secretaria para tratar dos encaminhamentos burocráticos do desligamento. Angela é servidora concursada da Prefeitura e, com isso, perderia a função gratificada (FG).
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“No dia 19 de março a servidora Angela recebeu ligação do senhor Eduardo, da Secretaria de Administração, explicando que estava exonerada. E esta situação permaneceu até segunda desta semana, quando ela telefonou para o servidor Eduardo e este informou que a situação dela havia sido desfeita após intervenção de Vanir, secretário de Administração”, disse o promotor Érico Barin.
O promotor assegura que tanto Angela quanto Eduardo Morales e o próprio secretário Vanir Ramos de Ezevedo confirmam que houve exoneração da assessora por telefone no mesmo dia em que o prefeito Telmo Kirst (PP) tirou Helena Hermany do comando da pasta de Habitação. “Esta situação está esclarecida de modo pacífico na investigação”, assegurou o promotor, dizendo que Angela entregou um áudio que comprova o fato. “Inclusive mostrei a gravação ao secretário durante o depoimento”, acrescenta.
De acordo com Érico Barin,o secretário Vanir explicou que a exoneração foi desfeita após a secretaria se dar conta de um erro. “Angela não era ligada à Secretaria de Habitação, mas sim chefe do gabinete da vice-prefeita. E por conta desse equívoco, segundo o secretário, a exoneração da servidora foi desfeita”, detalhou o promotor. “O que o secretário quer dizer é que formalmente ela não chegou a ser exonerada. Não houve ato formal do prefeito, mas foi feito contato telefônico nesse sentido”, acrescenta.
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