A denúncia de “rachadinha” contra o vereador e atual presidente do Legislativo de Vera Cruz, Waldir Justmann, conhecido como “Peda”, foi arquivada pelo Ministério Público (MP). Na acusação, que havia sido feita pelo ex-assessor Cláudio José Overbeck, que trabalhou para Peda entre 2009 e 2015, constava que o funcionário teve de submeter-se a um esquema de “rachadinha” imposto pelo vereador como condição para permanecer no cargo.
No despacho emitido nesta terça-feira, 3, a promotora de Justiça de Vera Cruz, Maria Fernanda Cassol Moreira, destacou que a “prova produzida a partir dos elementos informados não logrou demonstrar que o investigado, atual presidente da Câmara de Vereadores, tenha, de fato, exigido de funcionários ocupantes de cargos em comissão que lhe repassassem uma percentagem dos salários que percebiam, a prática vulgarmente chamada de ‘rachadinha’”.
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Conforme a promotora, agrega-se ainda o longo tempo decorrido desde a ocorrência dos supostos fatos de entregas de valores a Peda, ditos por testemunhas em seus depoimentos, que teriam ocorrido em 2013 e 2015. Em seu despacho, a promotora disse ainda que “causa estranheza que apenas agora, passados anos, os fatos afirmados pelas testemunhas tenham sido levados ao Ministério Público”.
Segundo Maria Fernanda Cassol Moreira, este período de cinco e sete anos decorrente “prejudica o levantamento de provas que possam corroborá-las, além de comprometer a credibilidade das informações, pois foram trazidas à tona exatamente em ano eleitoral e por pessoas filiadas a partido político que é opositor à coligação integrada pelo investigado”.
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