Os santa-cruzenses favoráveis ao impeachment da presidente afastada Dilma Roussef voltaram às ruas na tarde desse domingo. Durante três horas, cerca de 50 pessoas reiteraram o posicionamento favorável ao afastamento definitivo da chefe de Estado e reforçaram o apoio à aprovação das 10 medidas propostas pelo Ministério Público Federal para combater a corrupção e o foro privilegiado. O ato aconteceu na Praça da Bandeira, espaço que recebeu cartazes com frases como “Foro privilegiado, o câncer do País”, “Por um Brasil honesto” e “Eu não recebi dinheiro para estar aqui”. Desde o ano passado, esse foi o sexto protesto organizado pelo Movimento João da Silva em Santa Cruz.
Conforme uma das organizadoras do evento, a empresária Prissila Bordignon, a manifestação teve como principal objetivo fortalecer o movimento no município. “Não podemos deixar morrer esse trabalho que é de ‘fomiguinha’. Queremos chamar as pessoas para participar e estarem presentes nesses momentos em que paramos para discutir o futuro do nosso País”, explicou. Em função da baixa adesão – já esperada pelos organizadores –, os participantes não saíram em passeata pelas ruas do Centro e formaram uma roda de bate-papo na praça. Dentre os assuntos debatidos estiveram o apoio à Operação Lava Jato e ao juiz Sério Moro e a importância de uma maior reflexão sobre o cenário político. “Se não houver uma maior consciência política, amanhã estaremos ‘impichando’ outro presidente. Queremos fazer uma nova política”, concluiu.
Considerado um “aquecimento” para o julgamento final do impeachment, previsto para começar no dia 29 de agosto, o ato contou com a participação de manifestantes de todas as idades. Em uma das rodas de conversa, as santa-cruzenses Araci Lucia Grunhauser, 71, Marilene Rosa Thomé, 53, e Andrea Wegner Pick, 44, trajadas de verde e amarelo, debatiam a importância de estimular as discussões sobre política com amigos e familiares. “Nós acompanhamos diariamente as notícias, mas percebemos que muitas pessoas não se importam com esse cenário de roubalheira. É preciso que os jovens também atentem para essas questões. O futuro do nosso país está jogo”, comentou Marilene. A opinião foi compartilhada pela amiga Araci. Ela acredita que, apesar de o movimento estar, aos poucos, crescendo, ainda há muitos brasileiros acomodados. “Deixei de viajar com a família para manifestar minha indignação com essa inversão de valores que convivemos hoje. É preciso, sim, um maior envolvimento”, complementou.
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Em Santa Cruz, não foram registradas manifestações contra o impeachment. O Movimento João da Silva realiza reuniões abertas à comunidade. Interessados em fazer parte das discussões podem entrar em contato via Facebook. Todas as segundas-feiras, os membros do grupo também participam das sessões na Câmara de Vereadores.
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