“O desenvolvimento social e econômico só se dá com educação de qualidade.” A fala do presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Vilmar Zanchin (MDB), resume parte das discussões apresentadas na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, nessa sexta-feira, 14. Na ocasião, foi realizada a quinta edição do Movimento pela Educação. A iniciativa, que procura debater melhorias na área, faz parte das atividades do Legislativo para este ano.
A abertura contou com o pronunciamento de deputados estaduais – Kelly Moraes (PL), Edivilson Brum (MDB) e Airton Artus (PDT) – e da prefeita Helena Hermany. Em seguida, teve início o Painel Educação para o Desenvolvimento, com a participação da secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira; da diretora da Escola Municipal de Educação Básica Ezequiel Nunes Filho, de Esteio, Fernanda Brites Luiz; e do reitor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e presidente do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), Rafael Frederico Henn.
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Zanchin reforçou a necessidade de ouvir todas as frentes para buscar ações concretas e conectar o ensino ao desenvolvimento. “A partir desse trabalho, queremos criar políticas públicas de Estado que permaneçam e perdurem. Colocar em patamar superior a educação no Rio Grande do Sul. Olhar para o horizonte e enxergar um futuro promissor, identificando os eixos para se trabalhar”, disse.
Ainda em seu discurso, o líder da Assembleia citou a oportunidade de debate por meio dos encontros, cuja agenda segue até novembro. Valorização da aprendizagem; ensino em tempo integral e profissionalizante; formação mínima para o mercado de trabalho; tecnologia e valorização da carreira docente foram outros pontos abordados.
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Representando o governador em exercício, Gabriel Souza, a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, reforçou o papel de todos os envolvidos na busca por melhorias. “Uma nação sem educação básica de qualidade está fadada ao fracasso. É muito importante que essa não seja uma preocupação apenas da nossa secretaria”, completou.
Ainda de acordo com ela, é necessário mudar a realidade. “O Brasil normalizou, por muito tempo, os baixos resultados da educação. Nós queremos buscar essa reação. Queremos que o nosso Estado possa dar orgulho, que seja próspero, exemplar, generoso e progressista”, ressaltou.
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Só 2,7% dos brasileiros querem ser professores
Em formato de bate-papo e mediado pelo jornalista Túlio Milman, o painel Educação para o Desenvolvimento trouxe percepções dos participantes sobre o cenário da educação. Estiveram em pauta a necessidade de adaptação aos novos tempos; o ensino técnico profissionalizante; a formação e a valorização docente e a municipalização das escolas.
A secretária de Educação do Estado, Raquel Teixeira, revelou que a última edição do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) mostrou que apenas 2,7% dos brasileiros querem ser professores. “Nós precisamos reconhecer esse profissional, essa figura essencial. Criar melhores condições de trabalho para que ele possa se sentir valorizado”, comentou.
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A descrença na carreira docente também foi citada por Rafael Henn, da Unisc. Em sua fala, ele apontou a importância do acompanhamento familiar. “Os índices de evasão são muito grandes. Por isso é muito importante que a família acompanhe de perto a vida escolar do estudante”, observou.
A diretora Fernanda Luiz trouxe à tona, entre outros assuntos, a necessidade de formações focadas nas necessidades dos professores. “Além disso, podemos citar a educação em turno integral e a continuidade dos trabalhos junto às escolas, mesmo diante das mudanças de governo, como fatores positivos no ambiente educacional.”
Por último, os participantes puderam acompanhar palestra com Felipe Amaral, diretor do Campus Caldeira, plataforma de educação do Instituto Caldeira para formação e empregabilidade de talentos na nova economia, e uma audiência pública sobre Desenvolvimento Regional.
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Serão realizados nove encontros do Movimento pela Educação em municípios de cada uma das Regiões Funcionais do Estado, até o mês de novembro. Na quinta edição, também aconteceram debates em Marau, Restinga Sêca, Santana do Livramento e Bento Gonçalves.
Ao mesmo tempo é formulado o Marco Legal da Educação Gaúcha, com o apoio de consultores renomados nacionalmente. O objetivo é observar experiências positivas em diferentes locais do Brasil, como Ceará, Pernambuco e São Paulo, e reproduzi-las no Rio Grande do Sul.
Entre os eixos prioritários do trabalho estão a alfabetização no tempo certo (até o término do 2º ano do Ensino Fundamental); o Ensino Médio em tempo integral com introdução à profissionalização; o fortalecimento da carreira docente e a expansão do uso da tecnologia em sala de aula.
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