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Motoristas enfrentam transtornos em estradas do interior

A chuvarada que em algumas localidades do Vale do Rio Pardo passou dos 100 milímetros em pouco mais de 24 horas, no início da semana, complicou ainda mais a situação de quem depende das estradas da zona rural para se locomover e transportar mercadorias. Relatos de buraqueiras e trechos quase intransitáveis vão desde a estrada velha entre Santa Cruz e Rio Pardo até as regiões mais altas de municípios como Sinimbu e Vale do Sol. As prefeituras prometem melhorias assim que a umidade passar.

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A situação da estrada entre Santa Cruz e Passo do Sobrado, próximo às localidades de Cerro Alegre Baixo e Malhada, preocupa os moradores. A reivindicação é por melhorias na via, que estaria sem assistência há meses. “Estamos sem manutenção desde fevereiro, e a situação só tende a se agravar com esses períodos de chuva”, comenta o agricultor Éricles Raymundo. A família, proprietária de uma agroindústria, enfrenta dificuldades na entrega de seus produtos coloniais. “Precisamos trafegar com muito cuidado”, conta.

Há mais de dez anos a região pleiteia o asfaltamento dessa estrada, partindo do Distrito Industrial de Santa Cruz. Somente dez quilômetros de via de chão batido precisariam ser asfaltados atualmente, mas ainda não há previsão para que a obra, considerada estratégica para a mobilidade regional, seja iniciada. Nem mesmo os serviços de manutenção do percurso avançam. “É uma estrada que está abandonada, com muitos buracos de grandes proporções, que causam prejuízos em função de danos nos veículos”, lamenta o produtor.

Segundo o instalador hidráulico Fábio Silveira, que mora em Cerro Alegre Alto e utiliza diariamente o caminho para trabalhar, a comunidade está cansada de esperar. A ideia é, assim que o tempo colabore, bloquear totalmente a estrada, bem na divisa entre os dois municípios. “Há muitas pessoas que moram aqui e precisam se deslocar para seus trabalhos ou até mesmo escoar produtos agrícolas, mas hoje a situação está crítica”, lamenta. O problema se agrava porque, por se tratar de um trecho na divisa, a maioria não sabe ao certo de quem cobrar.

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Hoje, conforme o caminhoneiro Rodrigo Belegante, a patrola passa na estrada que vai até a Capela dos Cunha, mas somente até a entrada de uma fumageira. O motorista ressalta que, durante as safras de tabaco e soja, circulam dezenas de caminhões carregados pelo local, levando a produção até o Distrito Industrial ou ao Porto de Rio Grande. O secretário de Obras e Infraestrutura de Santa Cruz, Leandro Kroth, esclarece que o trecho é de responsabilidade do município até a divisa. “Nós temos feito a manutenção contínua. Aqui não se para nunca, mas todas as chuvas estragam o serviço feito anteriormente.”

Trabalho em outros trechos

Conforme o secretário de Obras e Infraestrutura de Santa Cruz, Leandro Kroth, o município tem 797 quilômetros quadrados de estradas para serem cuidados. Nesse perímetro há trechos que sofrem especialmente com os períodos de chuva. Os maiores problemas estão concentrados na região mais serrana do município, onde os declives acentuados contribuem para que os estragos sejam maiores, já que a força das águas é mais devastadora. “Temos muitos problemas para resolver em estradas, pontes e bueiros.”

Kroth reforça que os estragos são mais significativos em localidades próximas a Monte Alverne, como Linhas Araçá, Hamburgo e General Osório. “Assim que o clima permitir, vamos tentar fazer os reparos no menor tempo possível para que o tráfego possa ocorrer de forma natural e regular nesses locais”, afirma. Além disso, lembra que em vias de chão batido que fazem divisa com outros municípios, como a estrada velha de Rio Pardo, a administração, por meio das subprefeituras, realiza a manutenção periódica das estradas. 

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