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Júri popular

Motorista que atropelou sargento é condenado a 7 anos e 7 meses de prisão

ATUALIZADO ÀS 10h53 desta sexta-feira

O motorista que atropelou dois policiais militares em julho de 2013 foi condenado por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar) em júri popular que aconteceu nesta quinta-feira, 12, no Fórum de Charqueadas. Leonardo Leal dos Santos, de 28 anos, dirigia um Ford Focus quando atingiu os sargentos Ênio Eduardo da Silva Paim  e Aristides Claudionor Rodrigues Júnior. Teste de bafômetro feito no dia do acidente apontaram que ele havia ingerido bebidas alcóolicas. Paim não resistiu e morreu. A juíza Paula Fernandes Benedet deu a sentença de sete anos e sete meses de prisão ao réu. Ele poderá apelar em liberdade. 

O júri foi formado por dois homens e cinco mulheres. Durante a sessão, foram ouvidos três policiais militares que testemunharam a cena, além de uma enfermeira, que estava no carro que trafegava na frente de Santos e do qual ele teria desviado quando atingiu Paim. O sargento Júnior, que ficou ferido no atropelamento, também deu seu relato. O réu, que atualmente trabalha em uma agência bancária, falou aos jurados, assim como pessoas que testemunharam sobre a boa conduta do acusado.

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Sargenti Paim não resistiu aos ferimentos e morreu.

A acusação, realizada pela promotora Graziela Vieira Lorenzini e que contou com a advogada de Rio Pardo Darlane Lima Paz como assistente, salientou o fato de Leonardo estar dirigindo embriagado, ter realizado uma ultrapassagem pela direita, o que é proibido, e estar trafegando em alta velocidade. “No mesmo dia ele já tinha levado uma multa por excesso de velocidade. Percorreu uma grande distância – do Centro de Porto Alegre até Charqueadas – em apenas 42 minutos”, afirmou a assistente de acusação. 

Já a defesa, sob responsabilidade dos advogados Antônio Cesar Peres da Silva e Irani Marins de Medeiros, concordou que Santos estava embriagado e trafegando acima da velocidade permitida, mas tentou desclassificar para homicídio culposo. Assim, a pena ficaria em torno de dois anos, que poderia ser convertida em serviços comunitários. 

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A juíza concedeu seis anos e seis meses pelo homicídio de Paim e dois anos pela lesão corporal de Aristides. Contudo, a pena foi reduzida por ele ser réu primário e ter boa conduta. “Estava dentro do que esperávamos. Essa é exatamente a sentença que cabe neste caso”, afirmou Darlane.  A tendência é que a defesa recorra da decisão. A Gazeta do Sul não conseguiu contato com os advogados do réu. 

RELEMBRE

Paim era chefe de companhia em Santa Cruz e foi até Charqueadas para ajudar em uma operação na ERS-401 no dia 11 de julho de 2013. Era o último dia de trabalho antes que ele saísse de férias. Por volta das 7 horas, quando ele e Aristides passavam informações a um motorista que havia parado em frente à Gerdau, foi atropelado por Santos, que trafegava em alta velocidade. O teste do bafômetro apontou 0,48 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Ele chegou a receber atendimento, mas morreu no Hospital de Caridade de São Jerônimo.

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