O delegado Gabriel Ferrando, da 12ª Delegacia de Polícia (Copacabana), diz que a principal linha investigativa sobre acidente em Copacabana na noite desta quinta-feira, 18, é que o motorista Antonio de Almeida Anaquim, 41, tenha sofrido um evento epilético. De acordo com o delegado, o motorista contou em depoimento que teria tido uma espécie de disritmia, decorrente desse episódio epilético. Por isso, Anaquim deverá ser enquadrado em homicídio culposo (sem intenção).
“Disritmia, ao contrário da convulsão que o indivíduo cai e fica se debatendo, causaria um apagão. Ele disse que já teve esse episódio há uns três, quatro anos. Ele disse que teve esse apagão no momento que estava conduzindo o veículo, o que ocasionou a manobra brusca”, disse. O delegado também afirmou que o motorista foi encaminhado imediatamente ao IML, onde (durante a madrugada) foi descartada a possibilidade de Anaquim ter ingerido bebida alcoólica. Também foram incluídos pedidos de exames de urina.
Ferrando disse ainda que, pela manhã, houve uma oitiva “importantíssima” de uma mulher que estava com Anaquim no veículo. “Ela não seria uma pessoa muito próxima a ele e confirmou o ataque. Estamos agora recolhendo imagens e ouvindo testemunhas aguardando laudos periciais e trocando informações com o Detran”, disse. Mais cedo, o Detran-RJ informou que o motorista estava com a carteira de habilitação suspensa. No entanto, Anaquim afirmou ao delegado que não recebeu nenhuma notificação do órgão sobre a suspensão.
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Segundo o delegado, o fato agrava a situação do condutor. O policial explicou também que o Código de Trânsito Brasileiro diz que não configura situação para prisão em flagrante quando o motorista não foge do local do acidente. “Estamos apurando na linha de um homicídio culposo. Mas vamos analisar a vida pretérita dele, se ele tinha consciência desse problema e se colocou em uma situação de imprudência”, afirmou o delegado.