Para lembrar o Dia do Motociclista, neste 27 de julho, o DetranRS realizou um levantamento do perfil do condutor de duas rodas no Rio Grande do Sul. Atualmente, há 1,9 milhão de habilitados nesse segmento.
O número representa 38% do total geral de condutores no Estado, que chegou a 5 milhões em junho de 2019. Cerca de 139 mil têm Carteira Nacional de Habilitação (CNH) apenas para conduzir moto (A) ou ciclomotor (ACC). A grande maioria tem CNH combinada, sendo quase 70% aptos a conduzir moto e carro (categoria AB).
A pesquisa ainda mostra que, em sua maioria, os motociclistas são homens (80%), mas o percentual de mulheres sobre duas rodas aumenta ao longo dos anos. As condutoras, que hoje representam 20% do total (380 mil), já tiveram uma diferença proporcionalmente maior em relação aos homens. Em 2009, elas eram 14%, ou 182 mil habilitadas para dirigir moto ou ciclomotor.
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Em relação à faixa etária, está um pouco mais concentrada no intervalo entre 26 e 40 anos (42% do total). Menos de 3% dos habilitados são jovens abaixo de 21 anos. Essa experiência se reflete também no tempo de habilitação. A maior parte, 66%, tem licença há mais de 10 anos e cerca de 40%, há mais de 20.
Além de ser um meio de locomoção, a moto é instrumento de trabalho para parte dos condutores. Do total de habilitados, 23% têm autorização para exercer atividade remunerada com o veículo.
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Infrações e acidentalidade
Somente 13% dos habilitados na categoria A e ACC somam pontos ativos em seu prontuário, ou 252 mil de um total de 1,9 milhão de motociclistas. A grande maioria dos que registra infrações (98%) acumula menos de 20 pontos. Somente 4,3 mil contabilizam mais de 20 pontos ativos.
A fragilidade natural do motociclista se traduz em números trágicos de acidentalidade. Nos primeiros cinco meses do ano, 163 motociclistas e 20 caronas de moto perderam a vida no trânsito gaúcho, 27% de um total de 675 vítimas.
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Um pouco menos afetados do que os condutores de veículos, que representaram 28% do total das vítimas, os motociclistas foram os mais vitimados nos acidentes. Considerando que as motos representam 17% da frota gaúcha (1,2 milhão de um total de 6,8 milhões), o percentual é muito alto.
Para o diretor-geral do DetranRS, Enio Bacci, esse é um problema tão grave que demanda políticas públicas específicas por parte do Estado. “Precisamos melhorar a formação, mas só isso não basta. Levantamento do programa Vida no Transito, que mapeou todos os acidentes com motos na capital entre 2012 e 2014, apontou que 31% dos condutores de moto que contribuíram para a ocorrência de acidentes de trânsito não eram habilitados. Isso quer dizer que estão dirigindo sem nenhuma formação, sem ter conhecimento das regras elementares do trânsito e sem conhecer também a sua própria fragilidade.”
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