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EDUCAÇÃO

Mostra Integrada da Educação reúne cerca de 400 alunos e 150 professores

Foto: Rodrigo Assmann

Turma da Vidal de Negreiros abriu atividades com uma apresentação musical. Evento reuniu em torno de 400 alunos do município

Ao que tudo indica, a Mostra Integrada da Educação irá figurar entre os eventos fixos do calendário da educação municipal. Em sua segunda edição, realizada no sábado, nos pavilhões 2 e 3 do Parque da Oktoberfest, a atividade reforçou o potencial criativo dos alunos de 55 instituições de ensino da rede municipal, incluindo escolas de Educação Infantil, conveniadas, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos. Foram apresentados 126 projetos, envolvendo cerca de 400 alunos e 150 professores.

O tema foi Sustentabilidade e Bicentenário da Imigração Alemã. A programação contou com apresentações artísticas a cargo das Escolas Municipais de Ensino Fundamental Vidal de Negreiros, de Cerro Alegre Baixo; Dona Leopoldina, de Linha João Alves; e Félix Hoppe, de Linha Nova. Houve exibição das bandas e orquestras dos educandários, de dança germânica e declamação de poesia. O casal Fritz e Frida e o mascote Bento, do projeto de prevenção à violência Pacto Santa Cruz pela Paz, também subiram ao palco.

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O titular da Secretaria Municipal da Educação, pasta responsável pela organização da Mostra Integrada, Mario Colombo Filho, disse que o objetivo é expor aquilo que é feito no ambiente escolar e integrar a rede. “É uma forma também de a comunidade conhecer e ver de perto o trabalho maravilhoso que é realizado nas nossas escolas”, ressaltou.

O coordenador da comissão organizadora dos 175 anos da Imigração Alemã em Santa Cruz e do Bicentenário no Rio Grande do Sul, Paulo Trinks, também comentou a importância de iniciativas do tipo. Disse que o resultado do trabalho de professores e alunos emociona a todos. Também pediu que a comunidade continue preservando os aspectos relacionados às tradições locais. Ele salientou, especialmente, a importância de iniciativas que ajudem a manter presente a memória dos primeiros colonizadores. Isso, afirmou, é um aspecto que faz toda a diferença para a sociedade.

Na robótica, a integração entre história e inovação

Clube Fenix Bot, da escola Professor José Ferrugem, levou o protótipo do barco Argus

Responsável pelo projeto de robótica na rede municipal de ensino, o professor Maurice Guterres Brandão falou com entusiasmo sobre os trabalhos levados para a 2a Mostra Integrada. Explicou que as 27 escolas de Ensino Fundamental, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Núcleo Municipal de Educação de Jovens e Adultos (Cemeja), possuem estrutura completa de robótica, incluindo mesa e kit. “Além disso, os professores receberam formação continuada. Os alunos se dedicam no turno inverso ao das aulas e se dividem em clubes. Todos os conteúdos ensinados têm como base a metodologia Lego.”

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Brandão destacou que a robótica tem tido impactos positivos. “Temos crianças que hoje são capazes de resolver problemas, encontrar soluções e alternativas para algumas situações. É uma atividade que permeia inúmeras áreas, como informática e matemática, e contribui de diversas formas para o desenvolvimento das crianças, através da cultura da criação de robôs e da construção de protótipo”, ressaltou.

Clube Universitários da Robótica, da Luiz Schroeder, montou uma mesa de batalha

Um desses exemplos é o projeto Deutsches Boot, desenvolvido pelo clube de robótica Fenix Bot, da escola Professor José Ferrugem, do Bairro Renascença. Unindo tecnologia, educação e cultura, os alunos criaram um robô em forma de barco, com o objetivo de refazer o caminho dos imigrantes desde as províncias germânicas até o Rio de Janeiro. O barco Argus foi programado para mover ondas e içar e baixar velas de maneira sincronizada. De caráter interdisciplinar, esse projeto envolveu professores de história, informática e artes.

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Responsável pela execução, juntamente com os alunos, o professor de informática Dorgelo Matos frisou que essa troca é essencial para o desenvolvimento dos estudantes. Na escola, as oficinas de robótica iniciaram-se no ano passado e envolvem dez alunos, de 6º a 8º anos, que se reúnem semanalmente no turno inverso ao das aulas.

Outra equipe que chamou atenção foi a Universitários da Robótica, da escola municipal Luiz Schroeder. Sob a coordenação da professora de informática Janete Magalhães Rodrigues, os alunos levaram diversos experimentos, como um robô dançarino; dois microbits (microcomputadores) representando a comunicação entre duas torres confeccionadas com garrafas pet; uma carroça montada com peças de lego representando a chegada dos primeiros 12 imigrantes a Santa Cruz e ainda uma mesa e um robô de batalha, para promover a integração com os alunos e os robôs confeccionados pelos clubes de outras escolas.

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Conforme a professora, a robótica tem sido trabalhada nos últimos dois anos na escola e já rendeu muitos convites para que os alunos estejam presentes em eventos ligados ao segmento. Participam das oficinas oito estudantes, de sétimo e oitavo anos. Os encontros são realizados uma vez por semana no turno inverso ao das aulas.

Olhares voltados ao meio ambiente

Os projetos ligados à sustentabilidade foram expostos no pavilhão 3 do Parque da Oktoberfest. Um deles foi o da escola Luiz Schroeder, do Bairro Universitário, que reutiliza sacolas plásticas a partir da técnica de selagem. O projeto, que envolve alunos do 9o ano, propicia não só diminuição na quantidade de lixo jogado na rua como também o incentivo à produção criativa e sustentável.

Projeto destacou o reaproveitamento de sacolas plásticas

Conforme a professora responsável, Andressa de Araújo, para a atividade é necessário apenas sacolas plásticas, um ferro de passar roupas, duas folhas de papel vegetal e tesoura. A selagem é feita com o calor do ferro de passar. Para não grudar, o plástico precisa estar envolto por papel vegetal. A espessura vai depender da quantidade de material utilizado.

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“Pode recortar quantos quadrados quiser do material plástico. Basta colocar um em cima do outro, pôr uma folha de papel vegetal para cobrir e passar o ferro”, disse. Tudo isso se transforma em bolsas, estojos e necessaires.

O projeto foi desenvolvido para a Feira de Ciências da escola, ocorrida em julho, e em breve deve ser apresentado na Feira de Ciências da Unisc. Embora não seja uma ação inédita, visto que a professora descobriu a técnica em um vídeo, ela observa a relevância de difundir a ideia, especialmente no que diz respeito à preservação do meio ambiente.

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