Aprendizado e arte andaram juntos na primeira mostra de trabalhos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Glória, em Sinimbu. Durante a semana, ao menos 200 alunos do 6ª ao 9ª ano realizaram a exposição interna, que poderá ser conferida a partir de hoje pelas famílias.
São mais de 40 projetos integrando diferentes disciplinas. Os temas englobam questões locais e mundiais, estimulando não apenas a criatividade, mas o entusiasmo pela pesquisa.
Os trabalhos também promoveram um momento de imersão em tópicos distantes da realidade dos jovens. A turma do 9º ano B, por exemplo, criou cartazes com uma breve descrição sobre a geopolítica do Oriente Médio, caracterizando cada país e analisando os conflitos bélicos travados na região. A cultura africana foi explorada e valorizada de diferentes maneiras. A pintura adire – feita na Nigéria a partir de tecido tingido – foi explorada pelos alunos da turma C do 7º ano. Cada um utilizou uma camiseta branca e esboçou um desenho usando o estilo.
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O trabalho também invadiu as ruas de Sinimbu, com a pintura de vasos de plantas pela cidade utilizando a arte bogolan, tradicional em Mali. Thayssa Bianca Grieger da Silva, 13 anos, participou junto com outros colegas da turma C do 8º ano. Com a tarefa, ela pôde ver a cultura afrodescendente com outro olhar. “Aprendemos que a cultura africana é muito importante para o Brasil e para o mundo. A cultura brasileira é muito rica, e muita coisa veio da África”, avaliou.
A ideia da mostra começou a ser trabalhada no início do ano letivo. Cada professor pensou em diferentes ideias para a sua disciplina. A professora de língua inglesa Janesca Kuntzer Wegner desafiou a turma C do 70 ano a produzir, em inglês, um lapbook – livro feito com papelão e tiras de papel – com informações pessoais.
Rafaela Luiza Goetze, de 12 anos, abraçou a ideia. Em sua obra, falou sobre as bases fundamentais de sua personalidade – sua paixão por desenho, maquiagem, cozinhar, assistir televisão e jogar futebol – e também sobre a família e amigos. A atividade proporcionou a ela um momento de autoconhecimento. “Tivemos que pensar sobre nós mesmos e na nossa personalidade. E tivemos que pensar bem sobre o que gostaríamos de colocar no livro para ficar bem legal e para as pessoas entenderem um pouco mais sobre nós”, destacou.
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As pesquisas ainda envolveram questões ligadas à sustentabilidade, com foco na preservação das águas e esportes. Os estudantes abordaram de forma madura temas como revolução industrial, preconceito, sedentarismo, bullying, aborto, abuso sexual e machismo por meio da confecção de cartazes, panfletos e até um podcast.
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