Duas fábulas infantis, baseadas em clássicos da literatura, um conto de mistério e um mergulho nos dilemas da adolescência. A Mostra de Teatro Estudantil de Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo, promovida pelo grupo de teatro Andarilhos Companhia Teatral, promete trazer espetáculos para agradar diferentes públicos. O evento ocorre no Centro Regional de Cultura de Rio Pardo, neste sábado, 25, e domingo, 26, com entrada gratuita.
Todos os espetáculos apresentados foram criados por alunos de escolas públicas de Rio Pardo. Desde março, os estudantes vêm tendo oficinas com os integrantes da Andarilhos sobre as etapas da criação teatral, como dramaturgia, interpretação e produção. Quatro escolas se tornaram parceiras do grupo de teatro independente e forneceram espaço para que as oficinas fossem realizadas.
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Ao longo dos três meses de preparação, os estudantes contaram com a monitoria de integrantes da companhia, responsáveis por organizar os encontros, dar dicas para o preparo da peça e tirar dúvidas. Atriz da Andarilhos, Daryane Silveira é a monitora no Colégio Barro Vermelho, onde também já foi aluna. Além dessa etapa, ela também participou como assistente nas oficinas de dramaturgia.
– Sinto que sou privilegiada por conseguir ter contato com todas as escolas, com todos os alunos envolvidos. Isso me ajudou a perceber que, mesmo uma cidade pequena como a nossa, comporta realidades tão diferentes umas das outras e isso aumentou ainda mais a minha vontade de fazer teatro. Todos os alunos aprenderam um pouco sobre cada etapa da criação de uma peça teatral, e puderam criar histórias maravilhosas, e de alguma forma expressar o que eles têm para dizer – descreve.
Duas peças encenadas tiveram como base clássicos da literatura. Uma delas será apresentada pelo grupo da Escola Estadual de Ensino Médio Fortaleza. O espetáculo vai contar a trajetória do Homem de Lata, personagem de O Mágico de Oz, na sua busca por um coração. Aluna do 1º ano do Fortaleza, Renata Lacerda Marques, 16 anos, conta que a produção envolveu muito trabalho em grupo e discussão de ideias. Prestes a concluir o processo de produção, ela já tem suas áreas favoritas: escrita e atuação.
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– Escrever estimulou minha criatividade em criar uma nova narrativa a partir de referências. E atuar me permitiu ser menos introvertida. Também acho que melhorou um pouco minha comunicação. Apesar do nervosismo, acho que vai dar tudo certo. Sei que trabalhamos duro no desenvolvimento da nossa peça e que no final vamos entregar um lindo espetáculo – fala de um dos alunos do Fortaleza.
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Antonio Olinto Meurer os alunos também estão encenando uma peça baseada numa história clássica. Numa releitura, recheada de momentos lúdicos, as crianças vão contar a história de Aline, a irmã mais nova de Alice, que também se envolve numa aventura no País das Maravilhas. Diretor da escola, José Emerson Corrêa acredita que esse tipo de atividade ajuda a tornar os alunos mais participativos e críticos.
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– É algo transformador. E o papel da escola é isso: transformar, dar oportunidades e buscar no aluno algo que muitas vezes só a sala de aula em si não supre. Precisamos de projetos complementares e o teatro é um deles. É um trabalho que faz diferença na vida deles. Temos a felicidade de ter aqui na escola – comemora o professor.
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Entre as estudantes que se dedicaram à criação do texto, Maria Vitória Alves Pereira, 13 anos, aluna do 8º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Biagio Soares Tarantino, está ansiosa com o resultado depois de um processo que considera como “divertido e estressante”.
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– Em cada ensaio a gente mudava alguma coisa no texto. Sempre gostei de escrever, amo escrever. Já tinha escrito muitos textos, mas nunca uma peça. Espero que dê tudo certo, que ninguém esqueça as falas e que isso abra mais portas para a gente – diz a adolescente.
No sábado, 25, a programação inicia às 20 horas, com duas apresentações e no domingo, 26, a mostra será retomada às 18 horas, com mais dois espetáculos. A duração máxima de cada peça será de 30 minutos. A Andarilhos vai fornecer o suporte para que os grupos se apresentem no auditório do Centro Regional, como trilha sonora e iluminação.
– A ideia é que eles possam ter uma experiência, mais próxima possível, de contato com a estrutura de uma peça de teatro profissional. Mas quem vai contar essas histórias e quem decide como elas serão contadas são os próprios grupos de estudantes – ressalta Dmitri Rodrigues, ator e diretor da Andarilhos, e um dos responsáveis pela oficina de iniciação teatral.
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Além dele, os atores Jones Mallet e Betânia Rodrigues também deram aulas de iniciação aos alunos e a oficina de escrita foi comandada pela dramaturga do grupo, Letícia Mendes. Já o encontro de produção teatral foi realizado por Anderson Andrade, Mateus Cunha e Miguel Rodrigues. Da monitoria, participaram ainda Eduardo Sosa, Jéssica Alves, Lívia Aguiar e Kauê Santos. Todas as oficinas foram realizadas de forma gratuita. A Mostra é uma contrapartida da Andarilhos ao Prêmio Aldir Blanc, concedido pela prefeitura de Rio Pardo.
O limbo do menino sem olhos
O Homem de Lata
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