São 25 anos de gratidão. É assim que a irmã Roberta Peluso de Oliveira, prioresa do Mosteiro da Santíssima Trindade, de Santa Cruz do Sul, define o período que se sucedeu à fundação do mosteiro, em 25 de janeiro de 1997. A gratidão a que ela se refere é pela receptividade que as irmãs tiveram ao chegar em Santa Cruz.

“É um trabalho em conjunto das irmãs, mas também com os amigos do município e de outros lugares. A gente realmente percebe que as pessoas ajudam, colaboram. Agradecemos também a Deus por esses 25 anos, pois chegamos sem nada e construímos esse lugar que é para as pessoas, não é só para nós. Muitas pessoas vêm aqui aos domingos, para tomar um chimarrão, rezar, conversar com a gente. O mosteiro é uma presença discreta dentro da sociedade”, resume a prioresa.

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As monjas mudaram-se para Santa Cruz do Sul em 1997, quando foi fundado o Mosteiro da Santíssima Trindade. Porém, até a construção do prédio onde vivem hoje, elas ficaram hospedadas na Casa de Retiros Loyola por nove anos. Em 2005, com parte da obra concluída, foram para o prédio atual, situado em Linha Travessa.

Com uma bela vista e muito contato com a natureza, o lugar é ideal para os momentos de silêncio e oração. “Temos sete momentos de oração por dia. Seguimos a liturgia das horas, são orações baseadas em salmos, leitura bíblica, canto. Intercalado com esses horários de oração, temos os horários de trabalho, quando fazemos a manutenção da casa, os produtos para a loja e o artesanato. Também temos uma pequena hospedaria, que acolhe as pessoas que querem fazer retiro e ter essa experiência de oração”, explica irmã Roberta.

O Mosteiro da Santíssima Trindade segue a Ordem de São Bento, a mais antiga da Igreja Católica, com 1,5 mil anos de tradição. Fundar o Mosteiro em Santa Cruz, segundo Roberta, tinha como objetivo proporcionar para o município um estilo de vida monástico, mais voltado à oração e ao acolhimento das pessoas. “Viemos pra cá a convite do então bispo, Dom Sinésio Bohn. E quem fez a ponte para virmos foi o padre Marcelo Rezende Guimarães, que, ao tornar-se monge, adotou o nome Dom Irineu.” Natural de Rio Pardo, Dom Irineu faleceu em 2015 na Abadia Notre-Dame de Tournay, na França.

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A madre emérita Paula Ramos relembra que, quando foram escolher o terreno para estabelecer o mosteiro, olharam algumas opções e se identificaram com o local próximo à natureza, com pouca vizinhança e silêncio. “Olhamos e falamos: esse é o terreno para nós. A gente sentiu a mão da Providência atendendo nosso desejo. Por isso atraímos tantas pessoas para cá. E nunca alguém nos perturbou, as pessoas de Santa Cruz são muito honestas.”

Obra ainda não foi concluída

Ainda faltam partes para o prédio do mosteiro estar totalmente concluído. A igreja e uma área que será a casa das irmãs ainda precisam ser construídas. “A gente está morando nesses quartos que serão, futuramente, uma hospedaria maior”, comenta Roberta. Outra coisa que precisa ser feita, mas depende das ações do poder público, é o asfaltamento no acesso e melhorias na subida para o Mosteiro, conforme as irmãs.

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Celebração ocorre neste terça

Os 25 anos da fundação do Mosteiro da Santíssima Trindade serão comemorados nesta terça-feira, 25, às 19h30, com uma missa no local. A celebração será aberta ao público, seguindo todos os protocolos de proteção contra a Covid-19.

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