Centenas de pessoas são esperadas para a celebração pela passagem de um ano da morte do menino Bernardo Boldrini, neste sábado, em Três Passos, no noroeste gaúcho. Nessa sexta-feira já era possível notar a movimentação e o acúmulo de cartazes na frente da casa onde ele morava com o pai, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Uguline. Os dois são acusados de participação no assassinato.
O garoto de 11 anos desapareceu no dia 4 de abril do ano passado, data em que foi morto. O corpo foi localizado dez dias depois, enterrado em meio a um matagal no interior de Frederico Westphalen. Logo nas primeiras investigações, a Polícia informou que ele morreu em função da superdosagem de um sedativo. A madrasta e sua amiga, a assistente social Edelvânia Wirganovicz, teriam dado o remédio. O irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, teria ajudado a esconder o corpo. O pai de Bernardo também está preso por suspeita de envolvimento. Até agora, não há previsão de julgamento para o caso.
As suspeitas acerca do envolvimento do pai e da madrasta ganharam força ao longo das investigações. Além de vídeos mostrando Graciele acompanhando o menino no dia do desaparecimento, a Polícia confirmou que o garoto havia procurado a Justiça para denunciar a forma como era tratado pelo pai e a mulher.
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O caso adquiriu novos elementos diante das investigações acerca da morte da mãe de Bernardo, Odilaine Uglione, em 2010. Ela foi encontrada morta dentro da clínica de Leandro Boldrini, em Três Passos. À época, a conclusão foi de que a enfermeira cometera suicídio. Na semana passada, uma perícia na suposta carta deixada por Odilaine apontou que o texto havia sido escrito por outra pessoa. A família dela alega que Leandro teria sido o autor do crime para ficar com a herança da ex-mulher.
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