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Morte de 33 presos em Roraima repercute na imprensa internacional

A imprensa internacional destaca nesta sexta-feira, 6, o segundo motim ocorrido em uma semana em estados da Amazônia brasileira. O jornal The New York Times informou que pelos menos 33 prisioneiros foram mortos hoje em Roraima, apenas alguns dias depois que pelo menos 56 pessoas foram assassinadas em uma prisão de Manaus. O jornal afirma que as autoridades brasileiras temem um acirramento na guerra entre quadrilhas de drogas pelo controle do comércio de cocaína no Brasil.

A emissora de televisão CNN também está destacando em sua programação notícias sobre os assassinatos em prisões brasileiras. Citando a Agência Brasil como fonte, a CNN informa que o tumulto ocorreu na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima. De acordo com a CNN, os distúrbios na prisão começaram na madrugada dessa sexta-feira e policiais militares entraram na prisão para tentar controlar a situação.

As redes de televisão CBS News, ABC News e Sky News também deram ampla cobertura aos acontecimentos em Roraima. Segundo a ABC News, “o aparente derramamento de sangue ocorre apenas alguns dias depois de rebeliões em outras duas prisões terem deixado 60 mortos no estado vizinho do Amazonas”.

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Luta entre grupos rivais

A emissora informa que, de acordo com autoridades brasileiras, a gangue local Família do Norte luta com o Primeiro Comando de São Paulo (PCC), a maior organização criminosa do Brasil, pelo controle de prisões e rotas de drogas no norte do Brasil.

A emissora Deustche Welle, da Alemanha, informa que a violência ocorrida hoje na prisão Monte Cristo não pareceu fazer parte de um tumulto total, mas foi um ataque rápido de um grupo de prisioneiros contra outro. Em seu site, a emissora afirma que “a maior parte dos assassinatos foi realizada com facas, já que não foi encontrada nenhuma arma de fogo na prisão”.

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Já a emissora BBC, do Reino Unido, fez uma entrevista com o secretário de Justiça e Cidadania de Roraima, Uziel Castro, sobre a violência na madrugada de hoje. O secretário culpou gangues pelos assassinatos na prisão, acrescentando que alguns corpos foram encontrados decapitados. 

O jornal britânico Daily Mail também destaca declaração de Uziel de Castro. Segundo ele, duas gangues foram envolvidas nos confrontos violentos durante a noite. Ele disse que a violência começou com o ataque feito pelo Primeiro Comando da Capital, que é orientado pela chefia da quadrilha em São Paulo.

A emissora de televisão WSMV-TV, localizada em Nashville, estado norte-americano do Tennessee, Estados Unidos, informa que a violência ocorrida hoje em Roraima faz parte de uma guerra entre gangues visando controlar as rotas de drogas, situadas na fronteira do Brasil com a Colômbia, Venezuela, Peru e Guianas.

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