O acadêmico e professor Tarcísio Padilha morreu, na manhã desta quinta-feira, 9, no Rio de Janeiro, vítima de Covid-19. Ele tinha 93 anos e ocupava a cadeira número 2 da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 1997. Devido à pandemia e à recomendação de evitar reuniões e aglomerações, a ABL informou que não haverá velório em homenagem a Padilha.
Em nota, o presidente da academia, Marco Lucchesi, lamentou a morte de Tarcísio Padilha, que ocupou a presidência da casa nos anos 2000 e 2001. “Tarcísio encarnou a filosofia da hospitalidade e da acolhida, pondo em prática o ideal de Panikkar: o ‘diálogo dialogante’. Absoluta liberdade, sem precondições, sem espaço para a colonização do outro. Tarcísio defendeu a dupla cidadania agostiniana. Hoje habita o ponto ômega. Fonte de luz e de esperança.”, escreveu Lucchesi.
LEIA TAMBÉM: Gilberto Gil deve se candidatar à cadeira da Academia Brasileira de Letras
Publicidade
Confira a nota da ABL na íntegra:
“A Academia Brasileira de Letras perde, hoje, uma de suas figuras mais queridas e admiradas: o filósofo, professor e escritor Tarcísio Padilha. Foi presidente da ABL e de inúmeras e prestigiosas instituições internacionais.
Tarcísio participou da criação de universidades, fundou cátedras, cursos de pós-graduação, conquistando amigos e discípulos. Foi reconhecido como filósofo da esperança não porque a estudou, mas porque soube aplicá-la com sabedoria na sua mundivisão.
Ex-presidente da sociedade internacional de filósofos católicos, foi amigo dos últimos Papas, sobretudo de João Paulo II. Tarcísio encarnou a filosofia da hospitalidade e da acolhida, pondo em prática o ideal de Panikkar: o “diálogo dialogante”.
Absoluta liberdade, sem precondições, sem espaço para a colonização do Outro. Tarcísio defendeu a dupla cidadania agostiniana. Hoje habita o ponto ômega. Fonte de luz e de esperança.”
LEIA TAMBÉM: Um bom livro pode curar: saiba o que é a biblioterapia
Publicidade