Depois de mais de dois anos lutando contra um câncer, morreu na noite deste domingo, 20, no Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul, o prefeito Telmo Kirst, aos 76 anos. O velório ocorre a partir das 8 horas desta segunda-feira, no Palacinho. Até as 9 horas, a despedida é restrita aos familiares. Após, até as 11 horas, será aberto ao público. O sepultamento ocorre às 11h15, no Cemitério Católico de Santa Cruz do Sul.
Por volta das 9 horas da última quarta-feira, 16, ele passou mal no escritório particular na Rua Gaspar Silveira Martins. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e encaminhou Telmo ao Hospital Ana Nery (HAN).
O falecimento foi confirmado pela Secretaria de Comunicação de Santa Cruz às 21h51 deste domingo.
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“Descansaram para esse mundo, após dois anos lutando contra um câncer, os olhos azuis de Telmo Kirst. Nunca estamos preparados para perder alguém que amamos, mas que tenhamos força para suportar essa dura contrariedade da vida. A história dele ficará nos corações de todos nós. Suas últimas palavras foram ‘Vamos adiante!'”, diz o comunicado, que é assinado pelo secretário de Comunicação, Régis de Oliveira Júnior, que acompanhou de perto os últimos dias de Telmo.
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Caçula de três filhos de um casal de comerciantes, Pedro Kirst e Olinda Kirst, Telmo nasceu em Santa Cruz no dia 7 de abril de 1944. Cresceu em uma casa na Rua Gaspar Silveira Martins, a mesma que lhe serviu de escritório político e refúgio.
O despertar para a política aconteceu cedo: o pai integrava o diretório do PSD e era amigo de figuras políticas importantes da vida pública santa-cruzense em meados do século passado. Na formação acadêmica, cursou Direito (primeira turma) na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), tendo exercido a presidência do diretório acadêmico do curso.
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Com menos de 30 anos, elegeu-se vereador. Sete anos depois, interrompeu o segundo mandato na Câmara para migrar ao Congresso Nacional, onde permaneceu por mais de duas décadas.
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Durante um período, dividiu-se entre deputado federal e vice-prefeito de Arno Frantz, um de seus aliados mais próximos. Além disso, por duas ocasiões trocou o Legislativo pelo Executivo: foi secretário estadual de Transportes no governo Jair Soares (na década de 80) e secretário de Obras no governo Antônio Brito (na década de 90). No início dos anos 2000, ainda teve uma passagem pela Assembleia Legislativa.
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Antes de voltar à política municipal e ao PP (depois de alguns anos filiado ao PMDB), presidiu a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) no governo Rigotto e a Companhia Riograndense de Mineração (CRM) no governo Yeda Crusius. Em 2012, garantiu ao PP uma vitória para a Prefeitura, o que não acontecia desde 1992, sendo reeleito em 2016. Já em 2019, Telmo deixou o PP depois de mais de quatro décadas, após um ciclo de atritos e desgastes, e assinou a filiação ao PSD.
Telmo Kirst casou-se com Teresa Cristina Kirst, com quem teve quatro filhos.
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