O ex-prefeito de Agudo, Lauro Reinoldo Reetz, faleceu segunda-feira, 14, no Hospital Agudo, aos 81 anos de idade. Ele foi sepultado no cemitério evangélico de Rincão do Pinhal. Ainda na segunda, foi realizado um cortejo pelas principais ruas de Agudo, saindo da frente da Prefeitura. O caixão foi levado pelo Corpo de Bombeiros Voluntários do Município até o cemitério. Lauro estava internado na casa de saúde e morreu vítima de Covid-19. O prefeito de Agudo, Luís Henrique Kittel, decretou luto oficial de três dias.
Eleito vereador mais votado em 1988, Reetz havia largado a política ao término do mandato, em 1992, para se dedicar às lavouras de arroz que possuía em Agudo e em Dom Pedrito. Mas a pedido do ex-governador do Rio Grande do Sul e então deputado federal Jair Soares, aceitou concorrer em 1996 a prefeito pelo PFL (que depois virou DEM), sendo eleito com a maior margem de diferença de votos por quantidade de habitantes na região central do Estado. Dos 10.118 votos apurados, 5.689 foram para Reetz e 4.086 para Milton Clever Jaeger.
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Quatro ano depois, em 2000, novamente fez história, quando venceu seu oponente por apenas um voto, na primeira eleição municipal com uso de urna eletrônica em 100% do território brasileiro. Dos 10.959 votos válidos, 5.148 foram para Reetz e 5.147 ara Pedro Ozório Oliveira Schorn, com 191 brancos e 473 nulos.
Na juventude, Lauro Reetz trabalhou como empregado por sete anos em uma casa comercial. Aos 20 casou e começou a plantar arroz, trabalho ao qual hoje seu filho dá seguimento. Bem-sucedido, nos anos 1980 começou a participar da vida pública na comunidade onde nasceu e se criou, Porto Alves, ao sul de Agudo. Na localidade, foi presidente da Sociedade Porto Alves de 1984 a 2004 e responsável pela construção da sede da entidade. Também foi presidente da comunidade Evangélica Luterana de Porto Alves de 1992 a 1996.
O Instituto Cultural Brasileiro-Alemão de Agudo (ICBAA) foi outra obra com a mão de Lauro Reetz. Após seu trabalho na igreja, o pastor Richard Rudolf Brauer procurou-o para auxiliar na construção do local especial para abrigar grande quantidade de itens relacionados à imigração alemã, como roupas, livros, máquinas, quadros, louças e outros ítens. Ainda atuou como presidente do Sindicato dos Empregadores Rurais de Agudo e do Clube Centenário.
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