O escritor e dramaturgo William Trevor, mestre do conto que explorou com frequência os desapontamentos da vida, morreu aos 88 anos na Inglaterra, onde morava, de acordo com um anúncio da sua editora nesta segunda-feira, 21.
Trevor situava suas histórias principalmente na sua Irlanda natal, mas também na Inglaterra, onde vivia desde a época da faculdade, nos anos 1950. Ele venceu um dos maiores prêmios literários britânicos, o Whitbread, em três vezes foi finalista do Booker Prize e seu nome constantemente aparecia nas apostas para o Prêmio Nobel de Literatura.
O escritor evitava os holofotes, mesmo dentro do próprio trabalho, onde sua voz frequentemente se confundia com seus protagonistas quase sempre isolados socialmente.
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“Minha ficção pode, de vez em quando, iluminar aspectos da condição humana, mas eu nunca parto para isso conscientemente”, disse em uma ocasião. “Eu sou um contador de histórias.” A Biblioteca Azul lançou em 2014 dois livros do autor no Brasil: A História de Lucy Gault e A Jornada de Felícia.
Ele era cavaleiro do Império Britânico desde 2002. Trevor deixa esposa e dois filhos.
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