Faleceu na manhã desta quarta-feira, 28, o artista santa-cruzense Joe Nunes. Ele tinha 45 anos e morreu na UTI do Hospital Dom Vicente Scherer, em Porto Alegre, após complicações de uma infecção generalizada. Nunes era natural de Rio Pardo, mas fortemente identificado com a arte em Santa Cruz do Sul, tendo sido um dos fundadores e primeiro presidente do Conselho Municipal de Cultura.
Nunes integrava o Teatro Ins-Pirados, grupo que realiza apresentações teatrais e oficinas, com objetivo de democratizar o acesso à arte. Companheira dele no Ins-Pirados, Paola Simonetti descreve Joe como “um gigante para a Cultura de Santa Cruz do Sul”.
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“Uma pessoa íntegra, que sempre lutou pelo direito da classe artística. Sempre acreditou na arte e no poder de transformação dela para as pessoas e para a sociedade. Mesmo com muitas limitações devido a suas várias complicações de saúde, se manteve ativo, lutando pelo que acreditava. Ele, com certeza, fez muita diferença para a cidade de Santa Cruz, seja através do seu engajamento social, também na luta dos catadores, junto à Coomcat, seja pelo seu enorme trabalho como professor e transformador de vidas no teatro Ins-Pirados. O legado que ele deixou foi imenso e nunca será esquecido”, comenta Paola.
O jornalista e escritor Mauro Ulrich destaca a importância do amigo para a arte em Santa Cruz do Sul. “O Joe era um grande batalhador pela arte e a cultura desta cidade, atuando em várias formas da expressão, principalmente nas visuais e nas cênicas. Mesmo doente, nunca deixou de trabalhar, de se expressar. Não era do tipo que ficava chorando pelos cantos, ia lá e fazia as coisas acontecerem. Ajudou muita gente nesta cidade, com o processo desinibidor do teatro, e era um pintor e desenhista de muita técnica. Era o nosso Tim Burton das artes plásticas. E tinha um senso de humor espetacular. A gente ria muito, juntos.”
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