O sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman morreu nesta segunda-feira, 9, aos 91 anos. Ele vivia em Leeds, na Inglaterra, há décadas, e foi o criador do conceito “modernidade líquida”. Bauman foi um dos intelectuais-chave do século 20 e se manteve ativo até os seus últimos dias.
Ele nasceu na Polônia em 1925 e, quando criança, teve que fugir com a família por causa do nazismo. Em seguida, ele foi também exilado da União Soviética, expulso pelo Partido Comunista, em uma confusão marcada por uma polêmica sobre antissemitismo e conflitos em Israel. Bauman se mudou para Tel Aviv e mais tarde se instalou na Universidade de Leeds, na Inglaterra, onde permaneceu a maior parte da sua carreira.
Sua obra, que ganhou proeminência nos anos 1960, foi reconhecida com diversos prêmios, dentre eles o Príncipe de Asturias, de comunicação e humanidades, em 2010. A informação foi divulgada pelo jornal polonês Gazeta Wyborzca.
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No Brasil, sua obra era amplamente publicada pela Editora Zahar, que antes da notícia já planejava para janeiro um novo livro, Estranhos à nossa porta, uma reflexão sobre a crise migratória na Europa. Segundo a editora, o sociólogo analisa nesse livro as origens, os contornos e o impacto do “pânico moral” que os refugiados despertam em algumas pessoas.
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